O Instituto Vital Brazil, instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde, firmou parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a produção de soro contra o vírus Zika. O objetivo é tratar indivíduos que já estão contaminados pelo vírus. A expectativa é que o soro inative o vírus imediatamente após a aplicação, o que reduziria os casos de microcefalia causados pelo Zika.
“Vamos trabalhar com o intuito de que a ação deste soro seja como a do soro contra a raiva. Quando aplicado, o vírus é imediatamente inativado no paciente. No caso de mulheres grávidas, acreditamos que, se aplicado assim que confirmado o diagnóstico, evitaremos que o vírus aja no sistema neurológico do feto”, explicou Antônio Joaquim Werneck, presidente do Instituto. A expectativa é que o soro fique pronto em três anos.
A parceria foi anunciada na última segunda-feira (18) no Workshop Núcleo Zika Vírus, realizado pelo Parque Tecnológico da UFRJ, a Agência Rio Negócio e o Polo de Inovação em Saúde da UFRJ. A reunião, que contou com a participação de virologistas, epidemiologistas, engenheiros de bioprocessos, médicos e bioquímicos, teve o objetivo de estabelecer parcerias com entes públicos e privados para transformar descobertas acadêmicas em produtos para a saúde da sociedade.
De acordo com o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, o problema número 1 do Brasil é a microcefalia, que está associada ao vírus Zika. De outubro para dezembro do ano passado foram aproximadamente 3.500 casos registrados. A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro do bebê não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm. Até o dia 9 de janeiro, foram notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde 3.530 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 720 municípios de 21 estados do Brasil.
Diversas são as ações em busca de uma solução para o caso zika, na última semana o Ministro anunciou que em fevereiro o Ministério começará a distribuir as primeiras 50 mil unidades dos kits discriminatórios para dengue, zika e chikungunya.
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