(ANSA) – Uma equipe de cientistas internacionais anunciou nesta quinta-feira (10) a descoberta de uma nova espécie do gênero humano na África do Sul que recebeu o nome de “Homo Naledi”.
A descoberta intrigou os pesquisadores, pois os traços deste gênero divergem das características já conhecidas entre os hominídeos. Acredita-se que os restos sejam de um milhão a 1,5 milhão de anos atrás. Os cientistas encontraram ossos de 15 “Homo Naledi” a 30 metros de profundidade, dentro de um conjunto de cavernas que é conhecido como “Berço da Humanidade”.
Os restos constituem provavelmente o mais rico depósito de hominídeos já descoberto. As análises indicaram que este “homem” media no máximo 1,5 metro e pesava 45 quilos. Seu cérebro tinha a dimensão de uma laranja, similar aos dos chimpanzés. As longas pernas sugerem que ele caminhava ereto. Além das diferenças físicas, a maneira como os restos estavam depositados dentro da caverna intrigou os especialistas. Ao que tudo indica, os corpos foram enterrados em uma posição intencional, como parte de um ritual, o que até hoje era considerada uma atitude exclusiva do ser humano. Para analisar os materiais, o paleontólogo Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, autor da descoberta, realizou um concurso que selecionou 40 especialistas, entre eles o italiano Damiano Marchi, da Universidade de Pisa.
Os ossos foram encontrados entre os anos de 2013 e 2014. Há mais de 1.550 ossadas que pertencem a adultos, jovens e bebês. A nova espécie foi batizada de “Homo Naledi” e classificada dentro do gênero “Homo”, ao qual pertence o homem moderno.
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