Suspeito de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília que ”terceiros” depositaram e movimentaram, sem o conhecimento dele, US$ 832.975,98 (correspondente a R$ 2,5 milhões) em uma conta bancária na Suíça.
Alves admite ser o “beneficiário” dessa conta e que utilizou um escritório de advocacia do Uruguai para abrir a conta bancária na Suíça em 2008. As investigações da Lava Jato apontam ainda que o dinheiro foi depositado em três datas, entre outubro e dezembro de 2011.
Saída do Governo
Henrique Alves pediu demissão do Ministério do Turismo em junho de 2016 após ser citado no acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como beneficiário de propina.
O ex-presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de conta atribuída a ele na Suíça.
Segundo a PGR, o dinheiro era suborno recebido da Carioca Engenharia com objetivo de que recursos públicos fossem liberados. Depois que Alves perdeu o foro privilegiado, o caso foi encaminhado para Justiça Federal de Brasília.
Os advogados do ex-ministro do Turismo apresentaram uma defesa por conta da denúncia. De acordo com os defensores, “a utilização indevida da citada conta bancária e os depósitos mencionados jamais foram de conhecimento do acusado”.
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