(ANSA) – A guerra pelo controle do tráfico de drogas na Rocinha, favela situada na zona sul do Rio de Janeiro, se encaminha para seu 10º dia com a expectativa pela rendição de Rogério Avelino da Silva, o “Rogério 157”, um dos protagonistas do conflito.
Segundo a Polícia Federal, familiares do traficante entraram em contato para negociar uma possível entrega, o que poderia colocar fim às disputas na comunidade, mas as conversas ainda não avançaram.
A “guerra da Rocinha” eclodiu no último dia 17 de setembro, quando aliados de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está preso em uma penitenciária federal em Rondônia, invadiram a favela para retomar o controle sobre o tráfico de drogas no local.
Nem chefiou o crime organizado na comunidade até 2011, quando foi capturado e cedeu lugar a Rogério 157, seu ex-segurança. Antigos aliados, os dois romperam no ano passado, culminando na expulsão de Danúbia de Souza Rangel, esposa de Nem, da Rocinha, o que deu início à guerra.
Desde a invasão por parte do bando de Nem, a favela vem sendo palco de constantes tiroteios e operações da polícia, que tenta capturar Rogério – não se sabe se ele continua na comunidade, que passou a ser ocupada pelo Exército para conter a violência.
A principal missão das Forças Armadas é fazer um cerco à Rocinha para facilitar as ações das polícias Civil e Militar na região. Desde 17 de setembro, as forças de segurança já capturaram 10 pessoas e apreenderam 14 fuzis, 15 granadas, 10 bombas caseiras e seis pistolas.
Nesta segunda-feira (25), nono dia desde o início do conflito e o quarto da operação do Exército, as nove escolas da comunidade permaneceram fechadas, deixando 3,3 mil alunos sem aula, mas não houve novos confrontos. Os tiroteios já causaram seis mortes e deixaram cinco feridos.
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