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Governo inclui Coronavac em plano de vacinação anti-Covid

O governo Bolsonaro incluiu a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, no plano nacional de imunização contra a Covid-19, apresentado nesta quarta-feira (16).

O programa de vacinação foi divulgado apenas depois de o governo ter sido cobrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e se baseia em imunizantes sobre os quais ainda não há contrato assinado, incluindo a própria Coronavac.

Segundo o plano divulgado nesta quarta, o Brasil vai aderir às vacinas de Oxford (produzida e distribuída pela AstraZeneca), da Biontech/Pfizer, do Instituto Butantan, da Moderna, da Janssen e da empresa indiana Bharat Biotech.

Dessas candidatas, o governo tem contrato fechado apenas com a AstraZeneca, que vai transferir tecnologia para a Fiocruz (100,4 milhões de doses até julho e mais 30 milhões por mês no segundo semestre). No entanto, o desenvolvimento da vacina sofreu um atraso devido a problemas na apresentação dos dados preliminares da terceira fase de estudos clínicos e não tem previsão de conclusão.

Além disso, o Brasil receberá 42,5 milhões de doses da Covax Facility, mecanismo multilateral para facilitar a distribuição de vacinas por todo o mundo. A Covax reúne 10 laboratórios, incluindo alguns com os quais o governo brasileiro conta para imunizar sua população, como Moderna e AstraZeneca.

Com as outras empresas citadas na apresentação desta quarta-feira, a gestão Bolsonaro têm no máximo memorandos de entendimento, incluindo a Pfizer (70 milhões de doses). A compra só deve ser efetivada após aval da Anvisa, ao contrário do ocorrido com a AstraZeneca.

Atraso

O governo foi alvo de críticas de especialistas da área da saúde devido à demora na preparação de um plano nacional de imunização e ao atraso nas negociações para compra de vacinas.

Enquanto União Europeia, EUA, Canadá e Japão já garantiram doses suficientes para vacinar suas populações mais de uma vez, o Brasil se sentou com a Pfizer apenas quando ficou claro que sua candidata seria a primeira em uso no Ocidente, tarde demais para garantir lotes ainda para dezembro.

Já o edital de licitação para aquisição de 330 milhões de seringas e agulhas para a campanha de imunização foi publicado apenas nesta quarta-feira. “Não vejo nada de errado no que está acontecendo”, disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no evento desta quarta, acrescentando que o país não está “atrasado”.

O governo ainda não tem data definida para iniciar a vacinação, mas informou ao STF na última terça (15) que pode começar a campanha cinco dias após a liberação pela Anvisa.

O objetivo da gestão Bolsonaro é concluir a imunização em 16 meses, sendo que os quatro primeiros serão destinados a grupos prioritários, começando por trabalhadores da saúde.

“Se Deus quiser, em breve estaremos na normalidade”, disse o presidente da República, que estava sem máscara, assim como Pazuello e outros ministros.

Com informações da ANSA*

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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