O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, afirmou hoje (11) que o governo acredita na vitória contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que deverá ser votado no plenário da Câmara dos Deputados no domingo (17). “Estamos trabalhando para nossa vitória no domingo”, disse o ministro à Agência Brasil, antes de participar da gravação do programa Brasilianas, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Ele ressaltou que o governo ainda está trabalhando junto aos parlamentares da Comissão Especial da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidente, que vota ainda hoje o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento.
Na comissão, o relatório será aprovado por maioria simples dos presentes na votação. Para que o processo de impeachment seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente encaminhado ao Senado são necessários os votos de, no mínimo, 342 dos 513 deputados.
“Ainda estamos disputando três, quatro votos. Por enquanto, os pró [impeachment] ainda têm um número maior na simulação”, disse o ministro. “Mas, de qualquer forma, o que é importante registrar é que é impossível que eles cheguem aos dois terços que eles deveriam ter semelhante ao que eles precisam no plenário. É óbvio que na comissão não é isso, mas ela é uma prévia daquilo que a gente vai ter no plenário. Então, eles estão trabalhando com a figura de 33, 34, 35 votos, nós de 29 a 32 votos, porque ainda tem alguns votos em disputa até o horário da votação”, completou.
Jaques Wagner afirmou que o governo fez um trabalho grande quando começou a escolha dos membros da comissão. “Todo mundo considerava que ia ter um volume maior a vitória deles. Eu acho que a gente chegou a encostar. Durante o dia de hoje, ainda vamos disputar [votos]. Mesmo que eles ganhem, a vitória deles é do time do que precisa fazer sete gols e faz dois. Pode até comemorar a vitória, mas sabe que não levou porque não corresponde ao que eles precisam no plenário”, disse.
A votação no plenário, prevista para começar no dia 17, será nominal e aberta. Quando o processo começar, os deputados serão chamados a votar de acordo com a região ou o estado a que pertencem. Se a votação não alcançar os 342 votos, o processo será automaticamente arquivado. Caso contrário, o impeachment segue para o Senado. Para barrar o seguimento do processo, o governo precisa ter pelo menos 172 votos, o que impediria a oposição de conseguir os 342.
“Estamos trabalhando nas duas frentes: comissão e plenário. Todo o tempo a gente trabalhou na comissão. É evidente que se a gente puder empatar ou vencer na comissão seria uma vitória política importante. Esta é uma primeira etapa que não significa o final dessa disputa. No plenário, a gente está trabalhando [ter] entre 208 e 212 votos”, acrescentou Jaques Wagner.
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