Foi com um misto de surpresa e coração acelerado que o catador Francisco Daniel de Souza, mais conhecido em Parelhas como “Meota”, reagiu ao início das obras do que será o galpão de reciclagem da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da cidade. “Quando eu vi, meu coração quase parou”, disse.
A obra ainda está no início, mas a execução das fundações do galpão já é um enorme sinal de que o sonho está perto de se realizar. As sete famílias vão ter um espaço próprio para armazenar, prensar e comercializar o material reciclável.
“Trabalhamos hoje em sete pessoas, e, quando o galpão ficar pronto, acredito que esse número vai dobrar”, projeta Francisco. Após a implantação do projeto, os catadores têm como meta ampliar a comercialização em 50% no primeiro ano e expandir a coleta seletiva para todo o município de Parelhas, abrangendo zona urbana e zona rural.
O investimento do Governo do Estado soma R$ 425 mil e inclui a construção do galpão de 450 metros quadrados (R$ 163.858,97) e equipamentos como prensa hidráulica DT03, balança eletrônica de 500 kg, empilhadeira, entre outros. A associação foi selecionada por meio do edital de economia solidária do projeto Governo Cidadão e Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), e conta com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
O galpão é imprescindível para o grupo porque será o local onde os catadores irão armazenar o material reciclável coletado, selecioná-lo, prensá-lo e realizar a comercialização. Os catadores já chegaram a vender o quilo do plástico de garrafas pet por R$ 1,20.
As obras do equipamento estão com 20% de execução. A empresa responsável foi uma das que assinaram o termo de compromisso com o Governo do Estado para se adequar à pandemia do novo coronavírus e manter seus operários trabalhando de maneira segura.
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