O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje que os líderes do G20 enviarão uma mensagem “muito forte e dura” contra o terrorismo.
“Acredito que a nossa posição contra o terrorismo internacional será expressa numa mensagem muito forte, uma mensagem da cúpula do G20”, disse Erdogan depois do encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no início da 10ª edição da reunião anual de chefes de Estado e de Governo do Grupo das 20 principais economias avançadas e emergentes do mundo (G20).
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu “esforços redobrados” para eliminar o grupo Estado Islâmico que reivindicou os atentados em Paris.
Os atentados de sexta-feira causaram pelo menos 129 mortes e deixaram 352 feridos, 99 em estado grave. Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para finalizar os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde ocorria uma partida de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
Oposição francesa quer modificações drásticas
O líder da oposição francesa, Nicolas Sarkozy, pediu hoje “modificações drásticas” na política de segurança do presidente François Hollande, durante uma reunião no Palácio do Eliseu após os atentados terroristas de sexta-feira em Paris.
“Disse [a Hollande] que deveríamos construir respostas adequadas, o que implica mudanças na política externa, decisões no plano europeu e uma modificação drástica da nossa política de segurança, no respeito das nossas convicções”, declarou Sarkozy à saída do encontro com o presidente francês.
Sarkozy disse ter apresentado várias propostas a Hollande sobre segurança interna e pedido que se tirem “conclusões das falhas” de segurança e sejam adotados novos dispositivos, alertando para a necessidade de serem tomadas medidas preventivas com vista à próxima Conferência do Clima (COP-21), em Paris.
Segundo ele, os atentados que causaram a morte de 129 pessoas e deixaram 352 feridos exigem que todos assumam as suas responsabilidades no que se refere à segurança do povo francês.
“A única coisa que conta é que amanhã os franceses se sintam seguros. Temos que realizar mudanças que permitam garantir a segurança”, enfatizou.
No plano internacional, o líder da oposição francesa afirmou que é necessário “apurar as consequências do conflito na Síria” com ajuda internacional, sobretudo dos russos, para combater o Estado Islâmico.
Sarkozy adiantou que a Europa tem que ganhar forças e determinar as condições de uma “nova política de migração”.
O ex-presidente francês foi o primeiro a participar de uma série de consultas que Hollande começou a fazer com os principais líderes políticos no intuito de encontrar “unidade nacional” após os atentados.
Durante a tarde, o chefe de Estado terá encontros com os presidentes da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e do Senado, Gérard Larcher, e com representantes da extrema-direita Frente Nacional (FN), entre outros.
Da Agência Brasil
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