(ANSA) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (12) seu relatório “Perspectiva Econômica Global” e rebaixou a previsão de crescimento para as economias tanto da Itália como do Brasil.
Para os italianos, o órgão prevê um crescimento de 1% para 2016, queda de 0,3% na comparação com o documento anterior publicado em janeiro, e de 1,1% para 2017 – retração de 0,1%. “O crescimento foi mais lento do que o previsto na Itália”, informou o relatório acrescentando que os italianos, ao lado da Alemanha e da França, terão crescimentos “modestos”.
O órgão ainda destacou que alguns problemas, como uma possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia e a crise de refugiados que atinge o continente, podem causar “sérios danos em nível regional e global”. Já para o Brasil, o FMI calculou que a recessão no Produto Interno Bruto (PIB) do país chegará a -3,8% contra os -3,5% previsto há três meses. O número só não é mais baixo do que as previsões para as economias da Venezuela, que deve ter queda de 8%, e do Equador, de -4,5%. Caso se confirmem as previsões, a América Latina voltaria a ter o pior desempenho dos últimos 20 anos.
A entidade afirmou que a recessão no Brasil “afeta o emprego e a receita real” além de que “as incertezas domésticas continuam pressionando a capacidade do governo de formular e executar políticas” importantes. Sem citar a que ponto, exatamente, se referia, o FMI ainda afirmou que as “projeções estão sujeitas a grande incerteza” no país.
O diagnóstico do fundo também não foi positivo para a economia global, que deve apresentar um aumento de 3,2% em 2016 – 0,2% a menos do que o previsto em janeiro, e um crescimento de 3,5% em 2017 (queda de 0,1%). “A retomada global continua, mas é sempre mais lenta e frágil. Restam significativos riscos de novas quedas”, pontua o documento ressaltando que há o risco de uma “estagnação do século” caso o cenário não apresente melhoras.
Segundo o FMI, os riscos de recessão e de deflação, especialmente na Europa, Estados Unidos e Japão, estão cada vez maiores. O pior cenário nesses quesitos é para os japoneses, que tem 40% de chances de entrar em crise econômica.
Desemprego: O relatório ainda apresentou as estimativas na questão do emprego para os países. Na Itália, o índice de desemprego deve ficar em 11,4% em 2016 e de 10,9% em 2017, ficando acima da média europeia, mas abaixo do que foi registrado em 2015 – quando atingiu 11,9%.
Já para o Brasil, o FMI estima que o desemprego ficará em 9,2% neste ano e subirá para 10,2% em 2017 – em níveis acima do registrado na última década.
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