O Ministério da Defesa informou nesta segunda, em nota, que o relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas será divulgado no próximo dia 9 de novembro. Os militares se comprometeram a realizar uma auditoria do pleito, diante de questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores sobre a lisura do processo eleitoral.
Os militares foram convidados pelo então presidente do TSE na época, Luís Roberto Barroso, para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, criada em setembro de 2021. Além de integrantes das Forças Armadas e de representantes da Corte Eleitoral, participam do grupo especialistas em tecnologia da informação e membros da sociedade civil.
“O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas”, diz a pasta no comunicado.
Bolsonaro e seus apoiadores passaram meses fazendo ataques sem provas sobre a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas, que, no entanto, nunca foram alvo de fraude desde que foram usadas pela primeira vez em 1996.
Nesse cenário, Bolsonaro passou a citar a fiscalização das Forças Armadas como primordial para concordar com a segurança da eleição. O presidente ainda não reconheceu a derrota para Lula, apesar de ter autorizado o início da transição de governo.
Relatório
Em outubro, a Defesa informou o tribunal que as Forças Armadas iriam divulgar um relatório sobre a fiscalização do processo eleitoral, incluindo a análise da segurança das urnas eletrônicas, somente depois do segundo turno das eleições.
O atual presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, havia dado prazo de 48 horas para que a pasta prestasse informações e apresentasse, se houvesse, cópia do resultado de eventual auditoria das urnas eletrônicas feita no primeiro turno.
A falta de reconhecimento direto da derrota por Bolsonaro, aliada à desinformação pulverizada via redes sociais e mensagens, alimentou manifestações pelo país, muitas delas com mote antidemocrático, questionando o resultado das eleições.
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