Mesmo em um ano de crise, alguns setores da indústria brasileira ainda conseguem crescer e aproveitar a demanda de mercado. Este é o caso do segmento de equipamentos de proteção individual, também conhecidos pela sigla EPI. Conforme informado 21ª edição da FISP, Feira Internacional de Segurança e Proteção, a receita deste setor fatura 4,5 bilhões por ano, sendo que ainda existe um potencial de duplicar o número.
O mercado de EPI atende a outros ramos da indústria. Estes equipamentos são necessários sempre que um trabalhador ou equipe estão expostos a um cenário em que sua segurança e/ou integridade física estão ameaçados. São exemplos comuns casos no setor elétrico, construção civil, manutenções urbanas, entre muitos outros.
Os produtos são variados, sendo que alguns são mais conhecidos pelo cidadão comum e outros nem tanto. Entre os mais populares, existem os já tradicionais capacetes, óculos de segurança, luvas, botinas reforçadas e coletes de sinalização. Por outro lado, existem outros mais específicos, como a cadeira suspensa, trava quedas, talabarte e cinto tipo paraquedista.
Mesmo com todo este potencial, um dos problemas da indústria de EPI é a necessidade de sempre precisar reforçar a importância de manter o trabalhador em segurança. A displicência e a negligência de empresários e até mesmo trabalhadores é comum. E é justamente por isso que ainda ocorrem acidentes que poderiam ser facilmente evitáveis.
Fabricantes de EPI, além de precisar desenvolver o equipamento seguindo rigorosos critérios de qualidade e segurança, acabam também tendo uma função didática. É normal explicar e até mesmo ensinar a como usar corretamente o protetor. “Ao longo dos anos, o entendimento do mercado tem melhorado, mas ainda existem aqueles que acham que não precisam estar protegidos”, revela Renato Figueiredo, sócio-diretor do Grupo RPF e da 3R Plásticos. “Além de manuais de instrução que vão junto com o EPI, acabamos tirando dúvidas de compradores ainda na hora da venda”, complementa.
A perspectiva da retomada do crescimento da economia brasileira é um indicativo positivo para a indústria de EPI, que conta com outros setores como clientes. Para que o número de R$ 4bi possa ser superado, porém, é fundamental que os índices do país voltem a mostrar maior equilíbrio e passem confiança à indústria como um todo.
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