(ANSA) – O Exército de Israel anunciou na noite desta quinta-feira (13) ter iniciado uma missão aérea e terrestre na Faixa de Gaza para atacar membros do Hamas e da Jihad Islâmica, o que pode agravar ainda mais o conflito na região.
As autoridades israelenses ainda não divulgaram mais informações, mas o jornal “The Times of Israel” revelou que Gaza foi atingida com pelo menos 150 ataques aéreos nos últimos minutos.
Ainda segundo a publicação, as forças de Defesa de Israel ordenou que todos os cidadãos que moram em um raio de quatro quilômetros entrem em um abrigo antibombas e permaneçam lá até uma nova determinação. Esta parece ser uma medida de precaução, já que os militares preveem uma retaliação dos grupos palestinos.
O porta-voz militar Jonathan Conricus explicou que a invasão foi feita pelo norte de Gaza. Sirenes de alerta de foguetes foram soados no sul de Israel e na cidade de Ashdod.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, afirmou que a operação continuará enquanto houver necessidade. “Eu disse que faríamos o Hamas pagar um preço altíssimo. Nós fazemos e continuaremos a fazer com grande intensidade. A última palavra não foi dita e esta operação continuará por enquanto for necessário”, escreveu no Twitter.
Ele ainda disse que está lidando com uma batalha em duas frentes, a luta em Gaza e os conflitos árabes-judeus dentro do próprio país. Netanyahu prometeu restaurar a lei e a ordem e pediu aos israelenses que não façam justiça com as próprias mãos.
Hoje cedo, o governo israelense já havia reforçado as tropas na fronteira de Gaza, enquanto os grupos palestinos mantiveram os disparos de foguetes em direção a Israel. Além disso, as forças de segurança ainda tentam conter diversos confrontos entre judeus e árabes em várias cidades do país.
O envio de mais de 9 mil soldados reservistas foi aprovado pelo ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de palestinos mortos aumentou para 103, incluindo 27 crianças e 11 mulheres. Ao todo, mais de 500 pessoas ficaram feridas na região durante o conflito.
Nesta tarde, pelo menos outros 11 palestinos foram mortos e outros 50 ficaram feridos durante um bombardeio de Israel contra a aldeia Um el-Nasser, perto de Sheikh Zayed, no norte da Faixa de Gaza.
De acordo com a imprensa local, seis vítimas são membros da família local Tanani. Entre os mortos também há crianças e uma grávida. Todos os corpos foram recuperados. As autoridades de saúde do Hamas, porém, ainda não confirmaram os dados.
Além disso, o Exército de Israel informou que três foguetes foram lançados do sul do Líbano em direção ao Mar Mediterrâneo na costa da Galileia. No entanto, as sirenes de alarme não soaram.
Conflito
A tensão entre palestinos e Israel explodiu no dia 7 de maio quando, durante um protesto pacífico contra o despejo de famílias de Sheikh Jarrad, um confronto entre policiais e muçulmanos deixou centenas de feridos.
Desde então, a violência continuou a aumentar. As famílias que seriam despejadas moram há décadas no local, que fica em Jerusalém Oriental, área que os palestinos desejam como a capital de seu futuro Estado.
No entanto, Israel não reconhece a divisão e tem uma política constante de assentamentos em territórios palestinos.
Como resposta às ações policiais, o Hamas e a Jihad Islâmica começaram a lançar foguetes contra o território israelense. Por sua vez, as Forças Armadas iniciaram uma campanha militar contra alvos que pertencem aos grupos.
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