(ANSA) – O ex-presidente da Uefa (2007-2015) Michel Platini foi detido nesta terça-feira (18), na França, sob suspeita de corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
Platini, que já foi campeão pela Juventus, na Itália, e marcou a história como jogador nos anos 1980, está sob custódia da polícia de Nanterre, perto de Paris. As autoridades confirmaram que sua prisão ocorreu para que ele prestasse depoimento.
Platini está sendo investigado por “supostos atos de corrupção ativa e passiva de funcionários não públicos” para a escolha do Catar.
O caso também envolve nomes de peso da política da França, como Sophie Dion, ex-conselheira do ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012). Claude Gueant, antigo secretário geral do governo da França, foi convocado para depor em condição de “suspeito livre”.
O Catar foi eleito sede da Copa em 2010, em uma votação em que derrotou a candidatura dos Estados Unidos.
A primeira investigação sobre corrupção e conspiração criminal na escolha do Catar foi aberta pela Promotoria Financeira Nacional (PNF) da França em 2016. Em dezembro de 2017, Platini foi ouvido como testemunha e admitiu que votou no Catar em dezembro de 2010.
De acordo com o jornal “Le Monde”, o foco das investigações é um almoço organizado no Palácio do Eliseu, em 23 de novembro de 2010. No evento, estavam presentes Nicolas Sarkozy, Michel Platini, o Emir do Catar, Tamim Ben Hamad Al Thani, e o então primeiro-ministro do emirado, Sheikh Hamad, Bem Jassem.
Platini já cumpre um suspensão como dirigente esporte por ferir o código de ética da Uefa ao aceitar um pagamento indevido de 1,8 milhão de euros autorizado pelo ex-presidente da Fifa Joseph Blatter.
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