O ex-ministro Geddel Vieira Lima será levado, ainda nesta sexta-feira (08), para o Complexo Penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília. Ele foi preso nesta manhã, após a Polícia Federal encontrar um apartamento usado como “bunker” para esconder R$ 51 milhões de propinas recebidas, na última terça-feira (05). O avião da Polícia Federal trazendo o ex-ministro pousou no aeroporto de Brasília por volta das 16h.
A PF prendeu também, preventivamente, o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que, segundo as investigações, é ligado ao ex-ministro. Ferraz também foi levado no mesmo avião de Geddel. As duas prisões foram determinadas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Ele também investiga fraudes na Caixa Econômica Federal, ligadas a Operação Cui Bono.
Geddel foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, logo após deixar o aeroporto. A expectativa é de que ele ainda passe por exame de corpo de delito e, por fim, seja levado ao presídio da Papuda.
Mandados de busca
Além do mandado de prisão, o juiz federal de Brasília expediu outros três mandados de busca e apreensão, todos na capital baiana. A Justiça autorizou as buscas alegando que a PF suspeita que ainda exista mais dinheiro de origem ilícita escondido pelo ex-ministro.
Defesa do ex-ministro
Por meio de nota, a defesa do ex-ministro informou que se manifestará “somente quando tiver acesso aos autos”. Segundo informou o advogado de Geddel, Gamil Föppel, ele ainda não teve acesso aos documentos que são mencionados no decreto de prisão.
Ainda na mesma nota, Föppel lamentou que o direito de defesa “seja tão reiteradamente desrespeitado”, porque alega que o acesso “a elementos de prova, já documentado nos autos” não pode ser impedido.
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