(ANSA) – A Polícia Federal está cumprindo mandados de prisão temporária nesta terça-feira (23) contra dois ex-governadores de Brasília, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz por conta de corrupção na construção do estádio Mané Garrincha.
A ordem de prisão também atinge o ex-vice-governador da capital federal Tadeu Filippelli, que atualmente trabalha como assessor especial do presidente do Brasil, Michel Temer. O Mané Garrincha passou por uma ampla reforma para sediar partidas da Copa do Mundo de 2014.
As ordens de prisão foram emitidas após a delação premiada de executivos da construtora Andrade Gutierrez, responsável pela reforma. De acordo com as primeiras informações da PF, a obra teve um superfaturamento de até R$ 900 milhões.
“Orçadas em cerca de R$ 600 milhões, as obras no estádio, que é presença marcante na paisagem da cidade, custaram ao fim, em 2014, R$ 1,575 Bilhão. O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões”, informou em nota a PF.
Ao todo, foram 10 mandados de prisão temporária, três de conduções coercitivas (quando um acusado é obrigado a ir a sede da PF para depor) e 15 mandados de busca e apreensão. Esses mandados atingem pessoas ligadas à construtora, funcionários públicos e os chamados “operadores de propina”.
Agnelo foi governador do Distrito Federal entre os anos de 2011 e 2015, quando foi condenado em outra ação pela Justiça e perdeu seus direitos políticos por oito anos. Filipelli foi seu vice durante esse período, que foi condenado em primeira instância, mas foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral no mês de fevereiro. Atualmente, age como assessor especial da Presidência. Já Arruda governou Brasília entre 2007 e 2010, quando também teve seu mandato cassado pela Justiça.
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