Um estudo realizado por cientistas da Universidade Médica de Nanjing, na China, sugere que o novo coronavírus pode se espalhar em condições quentes e úmidas. A pesquisa foi publicada pelo canal Jama network e contradiz hipóteses anteriores que garantiam que a transmissão do vírus diminuiria à medida que a temperatura aumentasse.
Os especialistas se baseiam no caso de um paciente que infectou oito pessoas em uma piscina pública. O incidente ocorreu na província chinesa de Jiangsu, onde dias antes o paciente em questão havia visitado a cidade de Wuhan, o epicentro do surto.
Os autores da investigação detalharam que o local onde ocorreu o contágio era de aproximadamente 300 metros quadrados e incluía piscina, chuveiros e sauna. A área manteve temperaturas médias entre 25 e 41 graus Celsius, com uma umidade de aproximadamente 60%.
De acordo com os resultados do estudo, o paciente que espalhou a doença utilizou as instalações em 18 de janeiro de 2020 e apresentou sintomas no dia seguinte. Enquanto os outros pacientes, que visitaram o local entre os dias 19 e 24 de janeiro, também desenvolveram febre, tosse, dor de cabeça e congestão no peito por até 9 dias após visitar a unidade.
Os cientistas de Nanjing observaram que, embora “as rotas de transmissão possam ser gotículas respiratórias ou de contato”, as evidências de suas pesquisas sugerem que “a transmissão do SARS-CoV-2 ainda pode ocorrer em um ambiente com alta temperatura e umidade”, pois o vírus não mostrou sinais de enfraquecimento nessas condições.
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