Um novo estudo realizado por um grupo de cientistas da Universidade de Oxford (Reino Unido) e da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália) abre caminho para entender o fenômeno que ocorre quando o vírus da imunodeficiência humana (HIV) permanece indetectável, em alguns pacientes, por meses e até mesmo anos após a interrupção da terapia antirretroviral (ART, sigla em inglês). A pesquisa pode ajudar a entender processos no corpo após a interrupção do tratamento, o que é crucial para a erradicação do HIV.
Em geral, nas pessoas que interrompem a ART o vírus pode ser detectado de novo na corrente sanguínea numa questão de dias, mas esta regra não é comum a todos os pacientes. O estudo identificou que existem certos marcadores nas células do sistema imunológico que parecem prever quem pode interromper a terapia e ficar bem.
Para o estudo, os pesquisadores compararam as células T, que são parte do sistema imunológico do corpo humano, em 154 pacientes da Europa, Brasil e Austrália, que interromperam sua terapia antirretroviral após um período de entre 12 e 48 semanas desde o início, e desenvolveram uma lista de 18 biomarcadores imunológicos. Após estudos, os cientistas descobriram que três deles, o PD-1, Tim-3 e LAG-3 têm a propriedade de prever quando o vírus retornará novamente.
Agora os pesquisadores estão considerando manipular células imunitárias com os marcadores mencionados para ajudar a encontrar maneiras de controlar o HIV após a terapia anti-retroviral e, consequentemente, erradicar o vírus.
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