Os rins estão entre os órgãos mais agredidos pela automedicação. O grande problema é que eles não acusam a lesão imediatamente, pois têm uma reserva funcional e só vão mostrar a gravidade quando estiverem irreversivelmente comprometidos. O alerta é do médico nefrologista da Fundação Pró-Rim, Dr. Paulo Cicogna.
Ele chama a atenção para os perigos da automedicação, um comportamento da maior gravidade e que grande parte da população demonstra total falta de conhecimento ao praticá-lo de forma crescente e sistemática. “Muita gente abre a gaveta e tem à disposição uma cartela de compridos para aliviar a dor de cabeça ou para combater alguma suposta inflamação. Isso acontece com uma freqüência cada vez maior até incorporar-se ao cotidiano, com uma naturalidade impressionante. Afinal, que se automedica uma vez, acaba fazendo isso sempre”, observa o médico.
Outro fator preocupante para os rins e para o coração dos homens, segundo ele, é o uso de medicamentos para a impotência sexual. Paulo Cicogna revela que o comércio desta formulação cresce assustadoramente. “É uma droga relativamente nova, porém, perigosa, sem controle e que em pouco tempo se tornou em uma das mais vendidas nos balcões das farmácias.”
Ele também adverte que “todo medicamente é considerado droga. Tanto faz se lícita ou não. Analgésico não é inofensivo. Os seus efeitos colaterais podem matar ou deixar graves sequelas. Tudo depende da dose e da continuidade do consumo”, esclarece o Dr. Paulo Cicogna.
Por todos os riscos que a automedicação representa, há necessidade de evitar essa prática e sempre consultar um médico antes de consumir qualquer medicamento, independente da sua finalidade, conclui o especialista em doenças renais.
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