(ANSA) – A Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou que reforçará a segurança nas principais vias de acesso da cidade após a série de ataques que causaram o caos durante a tarde desta terça-feira (2).
Segundo as autoridades cariocas, a violência desencadeada por criminosos ontem foi causada por uma megaoperação da PM para encerrar com uma guerra entre traficantes na Cidade Alta, que fica na comunidade de Cordovil na zona norte do Rio de Janeiro.
Desde a madrugada, os policiais – incluindo uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) – invadiram o morro para tentar acabar com as facções e moradores relataram que houve um intenso tiroteio. Ao todo, na operação, duas pessoas morreram, 45 criminosos foram presos e 32 fuzis foram apreendidos – além de uma série de granadas.
Por conta disso, os grupos organizaram uma represália, que terminou com nove ônibus incendiados em algumas das principais estradas do Rio de Janeiro, especialmente, na Avenida Brasil.
A situação caótica deixou milhares de crianças sem aulas, o trânsito muito complicado e espalhou medo entre os moradores – acuados entre a polícia e os traficantes.
Quando a situação estava, aparentemente, se normalizando bandidos atearam fogo em um caminhão. Assim que o fogo foi apagado, dezenas de moradores – incluindo crianças – saquearam a carga do veículo e só pararam após mais de 20 viaturas da polícia chegarem ao local.
Por conta da situação, o governador do Rio de Janeiro, Fernando Pezão, vai pedir que o governo federal envie tropas da Força de Segurança Nacional, mais uma vez, para a capital fluminense. Mergulhado em uma profunda crise política, social e econômica, o Rio de Janeiro voltou a ter os níveis de violência de 10 anos atrás, antes da política de implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
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