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Enem será considerado na avaliação do ensino superior

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará a contar na avaliação de cursos e de instituições de ensino superior. O desempenho servirá como marco zero da avaliação do estudante, que será feita também no final do curso. A mudança faz parte de uma série de alterações nos critérios de avaliação do ensino superior que estão sendo desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Em coletiva no Ministério da Educação (MEC), a autarquia anunciou que criará o chamado Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que será calculado com base na comparação dos resultados dos estudantes no Enem, quando ingressam nos cursos, e no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado no último ano da graduação.

Medir a aprendizagem

A intenção é medir o que o estudante aprendeu na instituição de ensino. Atualmente, a avaliação é feita apenas com o Enade, no final do curso. Com o Enem, será possível, de acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, saber como o estudante ingressou na universidade e depois medir o quanto aprendeu.

“Às vezes, a instituição pegou um aluno em um padrão melhor que outra e o que agregou de conhecimento é muito pouco diante daquilo que outra instituição, que pegou aluno com nível muito mais baixo, elevou no final. Estamos avaliando o quanto o estudante cresceu naquele curso, o quanto ele aprendeu”, diz.

Ao contrário do Enade, necessário para que o estudante receba o diploma, o Enem não é um exame obrigatório. O MEC acredita, no entanto, que este não será um problema, uma vez que a maior parte dos estudantes que ingressa no ensino superior atualmente faz o exame, mesmo que não o utilize como forma de ingresso.

O Inep pretende também revisar o Enade. Hoje as notas são calculadas por comparação com o desempenho de outros cursos. A autarquia quer criar níveis de proficiência para medir o desempenho dos alunos. “Atualmente, mesmo que a instituição tenha um resultado muito positivo, o desempenho pode ser totalmente relativizado se outra instituição teve desempenho superior a ela. Mesmo que faça um esforço para melhorar, se outras melhorarem mais, ela pode até cair no ranking”, explica o presidente do Inep, Luiz Roberto Curi. A classificação em níveis, que ainda serão definidos, segundo ele, resolveria a questão.

Avaliação do ensino superior

Hoje o ensino superior é avaliado de acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Enade, feito pelos estudantes, tem o maior peso nas avaliações e corresponde a 70% do chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC), que por sua vez é usado no cálculo do Índice Geral de Cursos (IGC). Para cada um dos índices há um conceito mínimo, se o curso ou a instituição não atinge, sofre sanções e pode até deixar de funcionar.

O Inep pretende substitui o atual CPC pelo Índice de Desempenho dos Cursos, que levará em consideração as mudanças no Enade. O índice vai considerar ainda as taxas de conclusão, permanência e desistência dos estudantes, além do desenvolvimento dos professores. Serão consideradas as titulações dos docentes, o regime de trabalho e a permanência deles nos cursos de graduação.

Já o IGC será substituído pelo Índice de Desempenho Institucional, que vai considerar, entre outros indicadores, as atividades de extensão desenvolvidas pelas instituições de ensino.

A composição dos indicadores e os pesos de cada uma das avaliações ainda serão definidos pelo Inep. Caso aprovado, a reformulação poderá começar a valer ainda este ano no Enade. O grupo de trabalho que discute a avaliação da educação superior inclui além do Inep, secretariais do MEC, representantes de instituições públicas e privadas, Conselho Nacional de Educação, entre outras entidades.

Agência Brasil

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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