Empreiteiras que integram o grupo investigado por formação de cartel e desvios na Petrobras doaram em 2014 – ano de eleições gerais e no qual o caso de corrupção foi descoberto – um total de R$ 78 milhões ao PT e ao PSDB.
As prestações de contas dos dois partidos, encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram que quase um terço do total das contribuições de empresas ao diretório nacional petista veio das construtoras sob suspeita na Operação Lava Jato. No caso do PSDB, esse porcentual é ainda maior: chega a 42%. Políticos das duas legendas são investigados por suposto envolvimento no esquema.
Na lista de empresas que depositaram na conta do PT estão UTC, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS, Engevix e Odebrecht. Juntas, elas desembolsaram R$ 55,6 milhões de um total de R$ 191 5 milhões.
No caso do PSDB, entre as empresas doadoras e suspeitas de participar do grupo, estão Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão. Elas transferiram R$ 22,3 milhões de um total de R$ 52,1 milhões. Tanto no caso do PT quanto no do PSDB, a maior contribuinte foi a Andrade Gutierrez. Ela doou aos petistas em 2014, cerca de R$ 14 6 milhões. Aos tucanos, metade desse valor.
Diante do desgaste ocorrido com a prisão do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, suspeito de envolvimento no esquema desvendado na Lava Jato, integrantes da cúpula do PT passaram a defender que as doações à legenda e a candidatos nas próximas disputas eleitorais se restrinjam às pessoas físicas.
Com informações do Diário de Pernambuco
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