(ANSA) – Alvo de protestos em todos os estados do Brasil ao longo desta sexta-feira (30), o presidente Michel Temer divulgou nas redes sociais um pronunciamento acusando “alguns” de tentarem “parar” o país.
Os atos desta sexta, embora menores que os de 28 de abril, levaram milhares de pessoas às ruas das principais cidades brasileiras, quatro dias depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter denunciado Temer por corrupção passiva.
“O Brasil está caminhando, apesar de alguns pretenderem parar nosso país. Não conseguirão”, declarou o peemedebista, que elencou também uma série de números sobre inflação e vitórias do governo nos debates sobre a reforma trabalhista.
“O Governo e o Congresso trabalharam e aprovaram medidas importantes nesta semana. É uma prova cabal de que o país não vai parar, continuará avançando”, acrescentou. Segundo Temer, “o aumento do investimento”, a “aceleração do consumo” e a redução da taxa de juros “logo” proporcionarão a “volta definitiva do emprego”.
Nesta sexta-feira, o IBGE divulgou que a população desocupada no país chegou a 13,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, número que representa um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Embora movidas pela denúncia de corrupção contra o presidente, as manifestações desta sexta tiveram como principal alvo as reformas trabalhista e previdenciária. A primeira foi aprovada recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e só depende de uma votação em plenário para chegar à mesa de Temer.
Já a segunda está paralisada no Congresso por necessitar de maioria qualificada de dois terços para ser aprovada, número que o governo não consegue garantir neste momento.
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