(ANSA) – O primeiro-ministro da Somália, Hassan Ali Khaire, denunciou neste sábado (4) que pelo menos 110 pessoas morreram de fome na região de Bay, no sul do país, desde a última quinta-feira (2).
É a primeira vez que o governo do país africano fornece um número de vítimas desde a terça-feira passada (28), quando decretou estado de calamidade nacional devido à crise humanitária. Nos últimos dias, milhares de pessoas se dirigiram à capital Mogadíscio em busca de comida.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 5 milhões de indivíduos precisam de ajuda alimentar no Chifre da África, onde fica a Somália, por conta da seca e da fome. Além disso, a ONU afirma que há 360 mil crianças desnutridas no país, sendo que 71 mil correm sério risco de morrer de fome.
Para piorar a situação, a constante falta de água potável aumenta as possibilidades de uma epidemia de cólera e outras doenças ligadas à ausência de saneamento básico.
A Somália é considerada um dos países mais frágeis e vulneráveis do mundo, não apenas por causa da pobreza disseminada em sua população, mas também pela atuação de grupos terroristas, como o Al Shabab, e pela instabilidade política.
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