De eleição em eleição, é de praxe os candidatos elegerem a educação entre as prioridades em seus planos de governo. Dados de avaliações mais recentes da educação brasileira mostram que ainda temos muito a melhorar. No último Pisa – avaliação internacional que mede o desempenho educacional dos alunos de 15 anos em 70 países –, realizado em 2015, o Brasil ocupou a posição 63 em ciências, a 59 em leitura e a 66 em matemática.
Para 2019, o que propuseram fazer os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad para melhorar a educação brasileira? Confira abaixo um compilado das propostas. É importante lembrar que os planos de governo podem ser consultados nos sites oficiais das campanhas ou através do Divulgacand, do TSE.
Fernando Haddad (PT)
No capítulo “Educação para o Desenvolvimento das pessoas e do País”, o candidato petista faz um breve resumo das políticas públicas educacionais criadas e ou reforçadas nos governos Lula e Dilma Rousseff. De acordo com o seu plano de governo, “Lula e Dilma mais que duplicaram o orçamento real do MEC, criaram o FUNDEB e o Piso Salarial Nacional do Magistério e expandiram a escolarização obrigatória (dos 4 aos 17 anos)”. Haddad promete retomar essas ações que foram interrompidas pelo o que ele chama de “golpe de 2016”, que abriu caminho para o “desmonte da educação pública”, na sua visão. Entre as promessas de campanha do candidato estão:
- Investir 10% do PIB em educação, a partir da criação de um novo padrão de financiamento, além de realizar a “retomada dos recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social do Pré-Sal”;
- Aumentar as vagas em creches e ampliar a educação em tempo integral, sobretudo em áreas de vulnerabilidade social;
- Realizar ajustes na Base Nacional Comum Curricular, retirando “imposições obscurantistas”;
- “Garantir que todas as crianças, adolescentes e jovens de 4 a 17 anos estejam na escola e que aprendam”;
- Contrário à “Escola Sem Partido”, Haddad pretende criar a “Escola com Ciência e Cultura”, uma proposta para transformar “as unidades educacionais em espaços de paz, reflexão, investigação científica e criação cultural”.
Jair Bolsonaro (PSL)
Ao contrário do candidato petista que disse que pretende aumentar os recursos para educação, Bolsonaro acredita que é “possível fazer muito mais com os atuais recursos”. As proposições do candidato do PSL trata a educação básica e o ensino médio/técnico como prioridade inicial. O candidato pretende:
- Mudar a metodologia escolar, revisando o conteúdo e “expurgando a ideologia de Paulo Freire, impedindo a aprovação automática e a própria questão de disciplina dentro das escolas”;
- Fomentar o empreendedorismo na faculdade;
- Ampliar o ensino de disciplinas como matemática, ciências e português, “sem doutrinação e sexualização precoce”;
- Transformar o Brasil no centro mundial de pesquisa e desenvolvimento de grafeno e nióbio;
- Mudanças na educação a distância que “deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática”.
Com informações de Roberto Paim | E+B Educação*
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