Após fechar um acordo para comprar o Twitter, Elon Musk brincou em um tweet sobre a possibilidade de comprar a Coca-Cola para reintroduzir a cocaína no refrigerante. Com 4,2 milhões de curtidas, é o terceiro tweet mais curtido de todos os tempos. Mas o que ele diz é verdade?
Não estou falando da possibilidade de Elon Musk comprar a Coca-Cola. Afinal, a The Coca-Cola Company é uma empresa de US$ 286,93 bilhões, e Elon Musk vale apenas US$ 246,2 bilhões, segundo a Forbes. Quero dizer, a Coca-Cola realmente continha cocaína nos velhos tempos?
A resposta é sim… mas só um pouco.
A fórmula inicial da Coca-Cola foi criada em 1886 pelo farmacêutico John Pemberton como uma versão não alcoólica do vinho de coca, uma bebida revigorante das classes altas francesas que continha folhas de coca e Bordeaux. Inicialmente, o xarope caramelizado criado por John era vendido em farmácias como remédio contra dor de cabeça e distúrbios do sistema nervoso.
A fórmula original da Coca-Cola continha três ingredientes então considerados medicinais: damiana (planta à qual são atribuídas propriedades afrodisíacas), noz-de-cola (semente de origem tropical rica em cafeína) e extrato de folha de coca (precursor da cocaína chamado ecgonina).
Não sabemos exatamente quanta ecgonina havia na Coca-Cola original, mas na fórmula de 1902 havia apenas 1/400 por bebida.
A Coca-Cola deixou de ter aspirações medicinais em 1930, quando a sociedade percebeu o quão prejudicial a cocaína realmente era. O alcaloide desapareceu quase completamente do refrigerante e não foi visto desde então.
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