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Diagnóstico precoce aumenta em 70% a chance da cura do câncer de mama

“No início fiquei devastada, não sabia o que fazer, que direção tomar. Surpresa, negação, medo e tristeza se abateram sobre mim. Fiquei repetindo muitas e muitas vezes: tenho câncer… tenho câncer, parecia surreal. Chorei às escondidas e somente comuniquei à família quando o tratamento foi definido: cirurgia, a terrível quimioterapia e a radioterapia. Mas o tempo é inexorável, não poderia ficar na indefinição. Precisava decidir entre me abater completamente ou lutar para superar o que estava por vir. Assim, optei pelo segundo plano, queria constar nas estatísticas da cura, queria viver”.

O depoimento é da administradora Zilmar Fernandes, 57 anos. Diagnosticada com câncer de mama em 2018, a descoberta precoce, através do auto-exame, foi essencial em sua história, como é na de tantas mulheres que conseguem o tempo para a cura.

Sua primeira atitude foi procurar o apoio espiritual, logo em seguida contou com todo apoio profissional, que fez total diferença no caminho do diagnóstico à cura. “No campo profissional, fui assistida por médicos mastologista, oncologista, radioterapêuta e por outros profissionais da saúde como nutricionista, farmacêutico, enfermeiro e psicólogo. Equipe multidisciplinar importante nesse processo de tratamento e enfrentamento do adoecimento. Segui, criteriosamente, todas as recomendações desses profissionais”, contou Zilmar.

Ela lembra que o tratamento é o seguimento mais importante para a cura quando o câncer de mama se apresenta, mas o diagnóstico precoce é essencial. “É o que todas as mulheres devem buscar sempre, fazer o auto-exame e os exames periódicos indicados para cada faixa etária”, afirma.

Hoje, passados 2 anos e 5 meses, Zilmar mantém o acompanhamento regular dos profissionais: mastologista e oncologista. “Meu lado profissional segue normal, o que me ajudou profundamente. Foi uma verdadeira terapia, tanto que retornei as minhas atividades laborais ainda fazendo radioterapia, sem cabelo, mas me sentindo feliz e abençoada”, disse.

Após essa experiência, Zilmar diz que tem a vida ressignificada: “novos hábitos, alimentação mais saudável, outros valores, enfim uma nova chance de vida melhor foi a mim concedida por Deus”, finaliza.

Incidência Câncer de Mama

O câncer de mama é o tipo que possui a maior incidência e a maior mortalidade na população feminina em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. É um câncer considerado multifatorial, envolvendo fatores biológico-endócrinos, vida reprodutiva, comportamento e estilo de vida.

A Vigilância Epidemiológica do estado aponta, em média, 800 casos novos/ano, sendo 250 casos novos/ano apenas no município de Natal, capital do Estado. De 2015 a 2019 foram 1.277 mortes por câncer de mama no RN, sendo 270 no ano de 2019.

O envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama) são os mais bem conhecidos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Além desses, o consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante também são considerados agentes potenciais para o desenvolvimento desse câncer.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias. O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, seguindo a orientação da Organização Mundial da Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico.

Mamografia no Estado

  • 27 serviços de mamografia (público/credenciado ao SUS);
  • 22 mamógrafos de comando simples (para o exame preventivo e diagnóstico precoce do câncer de mama);
  • 05 mamógrafos com estereotaxia (identifica a posição exata do tumor para a realização de biópsia e/ou retirada do tumor de forma precisa);

Os mamógrafos estão localizados em 12 municípios do Estado, distribuídos em 7 regiões sanitárias, com maior concentração no município de Natal, sendo 5 serviços com mamógrafos simples e 2 com estereotaxia e capacidade de produzir cerca de 135.000 mamografias/ano (considerando produção diária de 25 exames/mamógrafo em 200 dias úteis/ano).

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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