Com informações apresentadas pelo governo do Distrito Federal (DF) ,nesta terça-feira (07), foi registrado uma quantidade de 31,3% de casos de estupro na localidade, um grande crescimento se comparado ao ano anterior. As estatísticas reuniram dados criminais da região e do programa local Viva Brasília aos dados do 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança (FBSP), que foram divulgados no mês de outubro.
Foram contabilizados em 2016, 566 abusos sexuais no DF. Já em 2017 o número foi para 743. Esses resultados estão relacionados aos casos que foram comunicados à polícia. No mesmo período de 2016 e 2017, foram realizados 509 e 569 estupros, respectivamente.
Esses dados só estão sendo possíveis serem contabilizados devido a maior quantidade de pessoas que têm denunciado esse tipo de violência, apontou a especialista de assistência social da Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Miriam Pongaag. “É muito comum que, ao final dos encontros, dos atendimentos, venham e digam ‘Meu pai faz isso comigo. Meu tio faz isso comigo’, principalmente crianças. O conhecimento, a desnaturalização dessa violência, ouvir as pessoas falarem pode contribuir, sim, para um aumento de registros”, relatou.
Ela também disse que a campanha que envolve esse tema, como exemplo a campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes realizadas no 18 de maio, tem encorajado a denúncia, pois a informação deixa o público por dentro do assunto e do que precisa ser feito.
Do total dos casos registrados, 66% das vítimas tinham vínculo com o autor do crime. Nos casos classificados como “estupro de vulnerável”, que envolve menores de 14 anos, o índice sobe para 93%.
O estupro ou agressão sexual geralmente envolvendo uma relação sexual ou outras formas de atos libidinosos realizado contra uma pessoa sem o seu consentimento. O ato pode ser realizado por força física, coerção, abuso de autoridade ou contra uma pessoa incapaz de oferecer um consentimento válido, tal como quem está inconsciente.
Até 2012, o Federal Bureau of Investigation (FBI) ainda considerava estupro um crime cometido exclusivamente por homens contra mulheres. Ainda no mesmo ano, eles mudaram a definição de “O conhecimento carnal de uma mulher forçosamente e contra a sua vontade” para “A penetração, não importa quão leve, da vagina ou ânus com qualquer parte do corpo ou objeto, ou penetração oral por um órgão sexual de outra pessoa, sem o consentimento da vítima “. A definição anterior, que se manteve inalterada desde 1927, foi considerada obsoleta e estreita.
A definição atualizada inclui o reconhecimento de qualquer gênero de vítima e agressor e que a violação com um objeto pode ser tão traumática quanto o estupro peniano/vaginal. A agência também descreve casos em que a vítima é incapaz de dar consentimento por causa de incapacidade mental ou física. Reconhece que uma vítima pode ser incapacitada por drogas e álcool e incapaz de consentimento. A definição não altera os códigos criminais federais ou estaduais ou a cobrança de impactos e processos a nível federal, estadual ou local; Isso significa que o estupro será mais bem relatado em todo o país.
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