Em convenção nacional realizada nesta quinta-feira (8) em Brasília, o Democratas (DEM) lançou a pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, à presidência da República.
O partido não tinha um candidato ao Palácio do Planalto desde 1989, quando Aureliano Chaves concorreu a faixa presidencial pelo PFL. A sigla, rebatizada como DEM em 2007, busca voltar ao protagonismo do passado.
Há 20 anos, a legenda tinha a maior bancada de deputados federais, com 105 representantes, seis governadores e 20 senadores. A pré-candidatura de Maia faz parte desse esforço de reconstrução. Até 7 de abril, último dia da janela partidária, o DEM deve chegar a 40 deputados. Hoje são 37 e, no início da legislatura, eram apenas 21.
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Pelo menos nesta quinta, a busca pelos holofotes deu resultado. Estiveram presentes na convenção nacional lideranças de diversos partidos, como MDB, PSDB, PP, PR, Solidariedade, PRB, PV, PSC, Avante e PHS.
Foi diante deste público que o novo presidente do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, eleito na convenção, anunciou o nome de Maia ao Planalto. Logo de cara, o pré-candidato assumiu compromissos e pregou uma ‘renovação política’. Maia, no entanto, está na Câmara desde 1998.
“Vocês aqui presentes, Democratas, me oferecem o desafio de liderar a nossa geração em um projeto de renovação política e de reconstrução do nosso país. Assumo o desafio de diminuir despesas, de fazer um verdadeiro ajuste fiscal”.
Em aceno ao mercado, Maia tratou de temas econômicos. Disse que vai “renovar o Estado Brasileiro, combater a burocracia atrasada, o corporativismo e a ineficiência do Estado”. O político também defendeu a manutenção de um discurso a favor da reforma da Previdência.
“Nós precisamos acabar com as distorções que existem no nosso País. A Previdência brasileira, hoje, beneficia os ricos contra os pobres. O brasileiro de um salário mínimo se aposenta com 65 anos e o brasileiro que ganha 30 mil reais se aposenta com 50 anos. Eu mantenho meu discurso. Igualdade de direitos a todos os brasileiros.”
O discurso entusiasmado da convenção esbarra nas pesquisas de opinião, que atribuem a Maia menos de 1% dos votos. O pré-candidato, porém, garante que a candidatura é ‘para valer’ e nega a existência de um “plano B”.
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