O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve um déficit (despesas maiores do que receitas) recorde de R$ 149,73 bilhões em 2016, dado divulgado pelo Ministério da Fazenda. Frente a esse cenário e a reforma da Previdência Social, milhares de trabalhadores estão inseguros em relação ao seu futuro.
Para Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a principal orientação é traçar um plano para garantir que se aposente com qualidade de vida – independentemente de sua idade atual.
O salário do INSS é muito importante para os brasileiros e um direito do trabalhador. Entretanto, o valor não é suficiente para manter o padrão de vida e, ao que tudo indica, os trabalhadores se aposentarão cada vez mais tarde. Atualmente, mais de um terço, 33,9% dos aposentados brasileiros, continuam trabalhando para complementar a renda, segundo pesquisa do SPC Brasil e da CNDL.
Para este ano, é esperado um déficit ainda maior nas contas da Previdência Social, de R$ 181,2 bilhões. Logo, é importante que os trabalhadores sejam orientados para não comprometer o seu futuro de forma negativa, organizando as fianças e se preparando para este momento desde já.
Então, o que fazer?
Segundo Reinaldo Domingos, o primeiro passo para mudar é pensar no padrão de vida que deseja ter após se aposentar. “Será que para viver dignamente você precisará da ajuda de parentes ou de outras pessoas? Infelizmente, isso acontece com milhões de brasileiros. É importante ter consciência que mesmo tendo trabalhado a vida toda com carteira assinada, contribuindo para o INSS, a quantia recebida dificilmente será suficiente.
Tenha em mente também que o quanto antes você pensar em seu futuro, mais fácil será para poupar dinheiro e atingir a quantia desejada. Há diversas modalidades de investimentos adequadas para a aposentadoria, como previdência privada e tesouro direto. Vale a pena conhecer um pouco mais a respeito.”
Fórmula da aposentadoria
Para auxiliar nesse processo, Reinaldo compartilhar uma fórmula que criou há alguns anos, com base em sua experiência pessoal e profissional, como educador financeiro. O segredo é encontrar o “número da sua aposentadoria”, ou seja, quanto quer ganhar mensalmente a partir da data em que decidir parar de trabalhar por obrigação. Fazendo as contas certas, acredite, é possível conseguir.
Para que não se tenha risco de o dinheiro acabar uma hora, o “número” deve ser de, no mínimo, o dobro do padrão de vida. Assim, a pessoa saca 50% do que é ganho com os juros mensais dessa aplicação, para viver da forma que planejou, e guarda o restante como reserva, que irá se acumular e continuar trazendo rendimento.
Eduque-se financeiramente e mude o comportamento em relação ao dinheiro, para viver uma vida mais plena e sustentável!
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