(ANSA) – Com a escolha da comissão que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, teve início na tarde da última quinta-feira, dia 17, o processo que pode tirá-la do Poder. O trâmite pode chegar ao fim apenas no começo de maio. Isso porque Dilma terá que apresentar sua defesa em até dez sessões da Câmara, cujo prazo começa hoje. Após isso, eles analisarão o pedido de impeachment e a defesa. A partir daí, a comissão tem até cinco sessões decidir se o processo de impeachment deve ser aberto. A decisão será votada no plenário em até 48 horas, onde precisa do apoio de mínimo de 342 dos 512 deputados. Após isso, segue ao Senado, onde o processo também precisa ser aprovado, dessa vez por maioria simples. Se o pedido de impeachment for aprovado nas duas casas, Dilma será afastada, de forma temporária, por cerca de 180 dias. O Senado então convocará o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para presidir a sessão que decidirá sobre o processo. Para ser aprovado, o impeachment precisa receber apoio de dois terços dos senadores.
Composição da Comissão – Apesar de, na teoria, a maioria dos 65 deputados escolhidos pela comissão, por 433 votos a 1, façam parte da base aliada, na prática isso muda um pouco. Isso porque 35 representantes são opositores ou dissidentes que defendem a saída de Dilma do Poder. Segundo levantamento do jornal “O Estado de S. Paulo”, apesar dos 35 opositores de Dilma, ele teria o apoio de 24 representantes. Seis deputados teriam sua posição indefinida.
Além disso, um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rival do PT, Jovair Arantes, será o relator do pedido, e o presidente, Rogério Rosso, do partido do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, é tido como suscetível às pressões das ruas.
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