(ANSA) – Em meio ao processo de abertura econômica, Cuba inaugurou sua primeira fábrica de computadores portáteis e tablets, em uma iniciativa para impulsionar “uma informatização da sociedade”, segundo o jornal oficial do partido comunista “Granma”. Todo o material para fabricar os computadores é fornecido por uma multinacional chinesa.
Visando diminuir o atraso do uso da internet da ilha, a fábrica produzirá até 120 mil unidades de computadores ao ano. Mas, por enquanto, só fornecerá os produtos para empresas e orgãos estatais. A inauguração da fábrica coincidiu com outros anúncios feitos pela estatal de telecomunicações “ETECSA”, como o início dos testes da instalação de internet em 2 mil residências familiares. Até então, a conexão à internet só era possível em poucos pontos da cidade mediante pagamento de créditos, além de ser muito lenta.
Com as mudanças no setor, os preços dos créditos para navegar nos pontos de acesso público também abaixaram. Outra novidade das últimas semanas é que o país fez um acordo com o Google. A primeira conexão à internet em Cuba aconteceu em setembro de 1996, a 64 kbtis/s. A demora dos avanços tecnológicos é atribuída ao embargo dos Estados Unidos à ilha, vigente há quase 60 anos.
Até 2012, a conexão só era possível via satélite, e somente em 2014 a ETECSA habilitou Wi-Fi em alguns espaços públicos. Atualmente, somente 28% da população cubana tem acesso à internet, segundo pesquisas não-oficiais.
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