(ANSA) – Após Lionel Messi, condenado a 21 meses de prisão por sonegação de impostos, agora é o português Cristiano Ronaldo que está na mira do fisco espanhol.
A Agência Tributária do país enviou à procuradoria especializada em crimes econômicos um relatório no qual aponta “indícios” de que o craque do Real Madrid cometeu uma fraude de 14,9 milhões de euros entre 2011 e 2014.
Segundo o jornal “El País”, a investigação começou no início de 2016, cerca de um ano depois de Cristiano Ronaldo ter pagado 5,6 milhões de euros para regularizar sua situação com a Fazenda, que havia lançado uma ofensiva contra abusos financeiros no futebol.
Os fiscais da Agência Tributária acreditam que o valor desembolsado possa ter sido uma maneira de o jogador despistar o fisco e ocultar recursos ainda maiores. A suspeita é que o craque tenha se aproveitado de uma complexa estrutura societária que passava pelas Ilhas Virgens para sonegar impostos.
O dinheiro em questão seria proveniente de contratos publicitários e direitos de imagem. O escritório Senn, Ferrero y Asociados, que presta assessoria a Ronaldo, disse desconhecer o relatório da Agência Tributária e garantiu que seu cliente é inocente.
“O jogador declarou que obtinha na Espanha apenas 14,9 milhões, 20% dos 74,8 milhões de euros de entradas publicitárias recebidas entre 2009 e 2014”, diz um comunicado dos técnicos do Ministério da Fazenda da Espanha.
Cabe agora à Procuradoria de Madri estudar o relatório e decidir, até 30 de junho, se levará a questão a julgamento.
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