Devido à crise econômica, que tem afetado milhões de brasileiros, aumentaram a quantidade de pessoas que resolveram buscar uma qualidade de vida melhor fora do Brasil. Este ano, 21,7 mil brasileiros deixaram o país até 13 de dezembro, de acordo com dados mais recentes. Um crescimento de 165% em sete anos. Ainda segundo as pesquisas, em 2011, 8,1 mil declarações de saída definitiva foram entregues à Receita Federal.
Em 2015, os números de declarações foram registrados em 40%, diferente de 2013 para 2014 quando essa porcentagem foi menos, de 19%. Esses números revelam a quantidade, não apenas de brasileiros que decidiram sair do seu país, mas de estrangeiros que viviam no Brasil, e voltaram para seus países de origem ou foram viver em outra nação.
De acordo com Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners, empresa especializada em empreendedorismo e expatriação para os Estados Unidos, havia uma grande expectativa de que a crise desse uma trégua, fazendo melhorar, consequentemente, esse êxodo para outro país, o que não aconteceu. “Havia a expectativa de que a economia ia começar a melhorar e também um movimento xenófobo [no mundo], que poderia desacelerar esse processo [de saída do Brasil]. Mas as perspectivas para a política no ano que vem desanimam”, afirma Botrel.
Ainda segundo o sócio da JBJ, as pessoas que o procuram são pessoas qualificadas, que veem essa saída como uma oportunidade de negocio, já que o Brasil não pode oferecer essa chance. “Estamos falando de pessoas qualificadas. O perfil do imigrante não é mais aquele que vem com uma mão na frente e outra atrás. São altos executivos, que estão abandonando suas carreiras para abrir um negócio, pessoas com PhD. É um movimento triste, porque o Brasil está perdendo recursos”, destaca.
Ele destacou também, que os que procuram seus serviços são, normalmente, pessoas na faixa dos 30 aos 55 anos de idade, que se mudam com a família.
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