Uma menina de oito anos morreu em San Cristóbal (Bogotá, Colômbia) após levar uma surra do pai por não ter aprendido a tocar piano, de acordo com um comunicado divulgado pela Procuradoria Geral da República (FGN).
O comunicado indica que durante uma das aulas que o próprio pai deu à menina, o homem a agrediu várias vezes porque ela não aprendeu ou entendeu suas explicações, o que lhe causou “graves ferimentos” e desmaios.
De acordo com a investigação, a família da menina repreendeu o pai biológico pela forma forte com que repreendeu a filha. Eles também chamaram imediatamente a polícia e uma ambulância, que levou a vítima para um hospital.
Na Clínica San Rafael, os médicos explicaram que a menina tinha um “quadro de saúde complexo”, detalhando que ela tinha vestígios de golpes nas costas, pernas e quadril, além de uma hemorragia no cérebro e hematomas por todo o corpo.
Embora a princípio o agressor tenha sido autuado pelo crime de tentativa de feminicídio, após algumas horas a menor veio a falecer, por isso o Ministério Público solicitará uma nova audiência contra o homem para acusá-lo do crime de feminicídio agravado.
A pedido da FGN, um juiz de controle de garantias impôs uma medida de segurança intramuros ao suposto autor dos eventos na Cadeia ‘La Modelo’ e Penitenciária de Segurança Média de Bogotá, localizada na capital do país latino-americano.
José Manuel Martínez Malaver, diretor da Procuradoria Geral da Nação da Seção de Bogotá, assegurou que “todo o comovente evento” ocorreu durante uma aula de piano, destacando que foram “atos de extrema violência”.
“Foi possível constatar a partir de todos os depoimentos que foram coletados rapidamente, juntamente com a polícia judiciária de Sijín, que houve um ciclo de violência contra a menor, presumivelmente por parte de seu pai”, comentou Martínez Malaver.
Ele também acrescentou que o homem bateu em sua filha por causa de seu gênero e “disse a ela que ela era nojenta”. “A violência foi exercida sobre ela por causa de seu status de mulher, ela foi maltratada não apenas fisicamente, mas psicologicamente”, concluiu.