(ANSA) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou nesta quarta-feira (5) as convocações do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten e do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
Além dos ex-representantes do governo de Jair Bolsonaro, também foram convocados para depor o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas; a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo; e os membros da União Química, Fernando de Castro, e da Pfizer, Carlos Murillo e Marta Diéz.
Segundo o cronograma divulgado pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), Wajngarten e os representantes da Pfizer serão ouvidos na próxima terça-feira (11), enquanto que Covas e Trindade prestarão depoimento na quarta (12). Um dia depois será a vez de Araújo e de Castro.
A CPI também aprovou a convocação de Scampello. No entanto, Aziz não informou quando ele será seu ouvido.
Em relação ao ex-secretário de Comunicação da Presidência, os senadores vão pedir explicações sobre as negociações feitas pelo governo para comprar vacinas anti-Covid, especialmente com a farmacêutica Pfizer.
Durante entrevista à revista Veja, Wajngarten disse que o atraso na aquisição das doses foi causado por “ineficiência” e “incompetência” do Ministério da Saúde. No entanto, em agosto do ano passado, o governo recusou a oferta de 100 milhões de doses do imunizante, com entrega prevista para dezembro de 2020.
Com duração de cerca de seis horas, a sessão desta quarta foi encerrada por volta das 16h40 e ficou marcada pelo depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich.
O médico revelou que deixou o cargo em maio de 2020, após apenas 29 dias, por não ter autonomia e liderança, o que considerava necessário para colocar suas funções em prática.
“Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências com o governo quanto à eficácia e extensão do uso do medicamento cloroquina para o tratamento Covid-19”, disse.
Teich foi o segundo ex-ministro ouvido pelos senadores da comissão. O terceiro deveria ser o general Eduardo Pazuello, mas seu depoimento foi reagendado para 19 de maio.
Amanhã, a expectativa é para os depoimentos do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
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