Equipes técnicas da Neoenergia Cosern, com apoio da Polícia Civil, identificaram e desativaram uma ligação clandestina de energia (o popular “gato”) numa casa de shows na Avenida Engenheiro Roberto Freire, Zonal Sul de Natal, na tarde desta quarta-feira (22).
O estabelecimento desviava energia por meio de fraude no medidor. O responsável pelo local foi conduzido pela polícia para a DEGEPOL para prestar depoimento.
O gato de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e a pena para o responsável pela fraude pode chegar a oito anos de reclusão. Além de crime, representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A ligação clandestina também provoca perturbações no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos.
“É muito importante que os potiguares saibam que todos nós pagamos pelo prejuízo causado pelos gatos de energia”, alerta o Superintendente de Relacionamento com Clientes da Cosern, Júlio Giraldi. “Todos os anos, no momento de calcular o valor do reajuste tarifário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inclui no cálculo um percentual relativo à essas perdas”, complementa Júlio.
Os consumidores que se sentirem lesados com essa prática criminosa (uma vez que o prejuízo causado pelos desvios é dividido por todos) podem denunciar, de forma totalmente anônima, por meio do telefone 116, WhatsApp (84) 3215-6001 e pelo site da Neoenergia Cosern www.neoenergiacosern.com.br.
“A fraude é quando o consumidor já é cliente da distribuidora e manipula o medidor de energia com o objetivo de reduzir o consumo faturado”, explica Gilmar Mikeias, Gerente de Recuperação da Receita da Neoenergia Cosern. “Já o furto consiste em desviar energia diretamente da rede elétrica sem a medição do consumo e o conhecimento da distribuidora”.
Números do primeiro semestre
A Neoenergia Cosern recuperou 12,5 milhões de kWh de energia com as ações da “Operação Varredura” no primeiro semestre de 2021. Nesse período, foram realizadas 24.251 inspeções, identificadas 2.354 irregularidades (entre fraudes e defeitos na medição) e seis pessoas foram presas pela polícia em todo estado.
Esse volume seria suficiente para abastecer, por um mês, um município do porte de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, por exemplo, ou quase 82 mil unidades consumidoras. Para se ter uma ideia, o consumo médio de uma residência potiguar varia em torno de 155 kWh por mês.
Entre os casos de maior repercussão no primeiro semestre, técnicos da Cosern desativam 40 ligações clandestinas de energia na Ceasa, em Natal, em fevereiro, e autuaram pela segunda vez em menos de seis meses um parque de diversões que fazia uso de energia elétrica de forma clandestina em Parnamirim, em maio, colocando em risco a segurança dos frequentadores. Em agosto, o mesmo crime foi identificado e desativado em três academias de ginástica em Natal.
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