A ministra do Trabalho, Emprego e Previdência Social da Argentina, Raquel “Kelly” Olmos, protagonizou um momento inusitado ao afirmar que prefere a seleção argentina ganhar a Copa do Mundo do que baixar a inflação no momento, pois destacou o impacto que a conquista esportiva teria “do ponto de vista emocional”.
“Depois continuamos trabalhando com a inflação, mas primeiro vamos deixar a Argentina vencer”, respondeu a autoridade na entrevista que deu ao Canal 9.
A ministra salientou que considera que “é preciso trabalhar o tempo todo por causa da inflação”, mas “um mês não vai fazer grande diferença”. “Por outro lado, do ponto de vista mental, do que significa para os argentinos como um todo, queremos que a Argentina seja campeã “, justificou.
Mais tarde, após a repercussão negativa, ela explicou que se tratava de uma simples reflexão, com tom humorístico, sem a intenção de fazer uma declaração política.
A Argentina registrou uma inflação de 6,2% em setembro e acumula 83% em 2022, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).
Argentina congela preços dos produtos
Recentemente, o governo argentino lançou o programa Preços Justos, um acordo com empresas de diversos ramos para elaborar uma lista de produtos de consumo de massa, que manterão seu valor pelos próximos quatro meses, com o objetivo de conter a inflação.
A medida busca conter os preços dos alimentos e demais insumos da cesta básica diante dos constantes aumentos.
A inflação na Argentina pode chegar a 100% ao ano em dezembro, uma das mais altas do mundo. O governo peronista de centro-esquerda está lutando contra uma queda na popularidade e protestos de rua, enquanto os preços corroem o poder de compra dos consumidores.
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