Os manifestantes que protestavam contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff estão na noite desta quarta-feira (16) concentrados no gramado do Congresso Nacional. Segundo avaliações da Polícia Militar divulgadas pela mídia, são cerca de 5.000 pessoas. Eles gritam palavras de ordem, pedindo a renúncia da presidente da República.
As polícias Legislativa e Militar precisaram utilizar bombas de efeito moral para conter os manifestantes e tentam isolar o prédio. O processo de isolamento do Congresso só começou após os manifestantes já terem chegado ao gramado da Casa. Entretanto, até momento, nenhum caso mais grave de violência foi registrado.
Os manifestantes estão portando faixas contra o governo e gritando “Fora Lula” e “Fora PT”.
Manifestação
A manifestação de deputados da oposição estava marcada para as 17h. Antes disso, porém, algumas pessoas já se posicionaram em frente ao prédio com apitos. Quando atravessaram a rua do Congresso Nacional em direção ao Planalto, os deputados portavam uma faixa com uma frase atribuída ao ex-presidente Lula e cantaram o Hino Nacional.
“No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai para a cadeia. Quando um rico rouba, vira ministro”, diz a frase. Eles chegaram a entrar por alguns metros próximos aos jardins do Planalto, mas depois voltaram para a avenida principal. Como de praxe, uma proteção metálica cerca todo o trecho do palácio e divide os manifestantes dos policiais.
Além de bonecos infláveis com a imagem do ex-presidente, os manifestantes portam bandeiras do Brasil e faixas de protesto. Eles também gritam palavras de ordem como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Cartazes também são exibidos pelos manifestantes com dizeres “O Brasil não é do PT” e “O limite chegou. Não aguento mais. Fora Dilma. Fora Lula”.
Os deputados Paulinho da Força (SDD), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Rubens Bueno (PPS-PR), Pauderney Avelino (DEM) e Mendonça Filho (DEM) foram vistos no protesto. Na opinião do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a ida de Lula para o ministério fortalece o processo do impeachment.
“A Dilma não tem condições de governar nada, nem pilotar um fogão. Ela delegou agora para o Lula a responsabilidade até de nomear ministro da Fazenda”, disse Bolsonaro.
Quando parte dos manifestantes chegou ao Planalto, a presidenta ainda concedia entrevista a jornalistas na parte interna do prédio, na qual negou que haverá alterações em sua equipe econômica.
Com informações da Agência Câmara Notícias e Agência Brasil
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