Em uma semana, a Caixa Econômica Federal (CEF) liberou R$ 1,8 bilhão em empréstimos consignados a 700 mil beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
No entanto, entidades de defesa do consumidor relatam uma série de reclamações e denúncias: de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), foram ao menos duas mil queixas, que vão de venda casada com seguro, a ligações ao consumidor para ofertar o consignado — o que foi vedado nas normas do crédito.
O valor médio por operação ficou em torno de R$ 2.600, afirmou a presidente da Caixa, Daniella Marques. O empréstimo do Auxílio Brasil tem taxa de juros de 3,45% ao mês, 0,05 ponto percentual abaixo do teto fixado pelo governo, e prazo de até 24 meses. Por ano, a taxa de juros é de 50,23%.
Com as condições da Caixa, um empréstimo pode chegar a R$ 2.582 e, ao longo do contrato, o tomador terá pago R$ 3.840.
A taxa de juros a beneficiários do Auxílio Brasil é maior do que a do consignado de aposentados e pensionistas do INSS, de até 2,14% ao mês. Quem pega emprestados R$ 2.582 no consignado do INSS paga R$ 3.328,56 ao fim de 24 meses, diferença de R$ 511,44 em relação ao valor da Caixa na linha do Auxílio Brasil.
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