(ANSA) – O norte-americano Stephen Paddock, de 64 anos, foi o autor do maior tiroteio da história dos Estados Unidos. Da janela do seu quarto no 32º andar do cassino Mandalay Bay Resort, em Las Vegas, o atirador matou mais de 58 pessoas e feriu outras 515 que assistiam, na noite de ontem (1), ao show de encerramento do festival de música country “Route 91 Harvest”.
Até o momento, as autoridades dos Estados Unidos ainda não confirmaram as motivações do ataque. Apesar da polícia negar de que se tratava de um atentato terrorista, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ato através de sua agência Amaq. O EI disse que Paddock se converteu ao Islã “há alguns meses” e era um “soldado” do califado.
Já fontes do governo dos Estados Unidos garantem que “não há indícios” de ligação do EI com o ataque, e que essa pode ser apenas uma estratégia da organização terrorista de ganhar projeção.
Stephen Paddock nasceu em 9 de abril de 1953 e vivia em Mesquite, Nevada, que fica a 130 quilômetros de Las Vegas. Ele morava com uma mulher, sua namorada Marilou Danley, que já foi contatada para prestar depoimento. Ela não é considerada participante do ataque, pois as autoridades creem que Paddock agiu sozinho.
O atirador fez check-in no hotel Mandalay Bay na última quinta-feira (28). Ele cometeu suicídio logo que a polícia invadiu seu quarto. Foram encontradas pistolas e fuzis no local.
Em entrevista à imprensa norte-americana, o irmão do atirador, Eric Paddock, disse que o homem era “normal” e jamais apresentara tendência extremista “religiosa ou política”. “Não conseguimos entender o que aconteceu. Não sabemos absolutamente de nada. Eu não consigo imaginar [os motivos]”, disse o irmão, que vive em Orlando e admitiu que não mantinha contato frequente com o agressor.
O homem não tinha antecedentes criminais nem infrações de trânsito em seu nome. Vizinhos seus de Mesquite relataram à imprensa norte-americana que Paddock era quieto e não mantinha amizades íntimas. Ele possuía uma licença datada de 2010 para caçar e pescar no Alasca, o que lhe dava permissão para comprar armas legalmente, de acordo com a legislação norte-americana. Paddock também tinha uma licença de piloto particular e já teve dois aviões.
O homem trabalhou entre 1985 e 1988 na empresa que hoje é chamada Lockheed Martin, fabricante de produtos aeroespaciais e que, em 1995, foi criada pela fusão da Lockheed Corporation e da Martin Marietta. A companhia é a maior produtora de itens militares do mundo e 95% do seu orçamento anual provém de contratos com o Departamento de Estado dos EUA. Hoje em dia, Paddock estava aposentado.
Nas redes sociais, há um perfil de Paddock no Instagram, com apenas uma foto publicada ontem. A imagem já tem quase mil comentários de internautas de todo o mundo. Já no Facebook, familiares do atirador escreveram textos ressaltando que ele não aparentava nenhuma tendência extremista.
O pai do atirador, Patrick Benjamin Paddock, de acordo com o jornal “Daily Mail”, foi um assaltante de banco que ficou preso por 8 anos e integrou a lista de ladrões mais procurados pelo FBI. Ele teria sido diagnosticado também como “psicopata”.
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