Os números são impressionantes: US$ 70 mil por minuto, US$ 4 milhões por hora, US$ 100 milhões por dia. Foi nesse ritmo que a família dona da Walmart Inc. cresceu no ano passado, segundo estudo publicado pela Bloomberg.
Para efeito de comparação, desde que você começou a ler este artigo, a fortuna do clã cresceu cerca de US$ 23 mil. Já um associado que trabalha na empresa nos EUA teria ganho cerca de US$ 0,06 (seis centavos de dólar) nesse período, partindo de um mínimo de US$ 11 por hora.
Mesmo nesta era de extrema riqueza e desigualdade brutal, o contraste é chocante. Os herdeiros de Sam Walton, o fundador do Walmart, estão acumulando riqueza em uma escala quase sem precedentes – e não estão sozinhos, de acordo com o estudo.
Segundo o ‘ranking’, as 25 famílias mais ricas do mundo monopolizam uma fortuna total de US$ 1,4 bilhão, o que representa um crescimento de 24% desde o ano passado. Nos EUA, os 0,1% mais ricos do país controlam mais riqueza hoje do que em qualquer outra época desde 1929, estima a Bloomberg.
Conheça as cinco famílias mais ricas do mundo
- The Waltons
Companhia : Walmart
Fortuna : US$ 190,5 bilhões
O Walmart é o maior varejista do mundo em receita. A fortuna da família Walton aumentou US$ 39 milhões desde que chegou ao topo da lista das maiores fortunas em junho de 2018, chegando agora a quase US$ 191 bilhões.
- The Mars
Companhia: Mars
Fortuna: US$ 126,5 bilhões
A dinastia é conhecida principalmente pelos doces M & M, Milky Way e Mars, embora os produtos para animais de estimação representem aproximadamente metade das receitas da empresa. No ano passado, sua riqueza cresceu US$ 37 bilhões.
- The Koch
Companhia: Koch Industries
Fortuna: US$ 124,5 bilhões
A Koch Industries, de propriedade de Charles e David Koch, é um conglomerado com receita anual de aproximadamente US$ 110 bilhões. Desde o ano passado, sua fortuna cresceu US$ 26 bilhões.
- Al saud
Família real saudita
Fortuna: US$ 100 bilhões
A estimativa do patrimônio líquido da monarquia saudita – que é uma novidade da lista deste ano – é baseada em pagamentos cumulativos que se estima terem sido recebidos pelos membros da Família Real nos últimos 50 anos do Royal Diwan, o escritório executivo do Rei.
- The Wertheimer
Companhia: Chanel
Fortuna: US$ 57,6 bilhões
Os irmãos Alain e Gerard Wertheimer são donos da famosa casa de moda Chanel, que faturou US$ 11 bilhões em 2018.
Para alguns críticos, tais números são evidências de que o capitalismo precisa ser consertado. A desigualdade tornou-se uma questão política explosiva. À medida que a tensão aumenta, até mesmo alguns herdeiros bilionários estão apoiando medidas como os impostos sobre a riqueza.
“Se não fizermos algo assim, o que estamos fazendo, acumulando essa riqueza em um país que está se despedaçando?”, Disse Liesel Pritzker Simmons, cuja família ocupa a 17ª posição na lista da Bloomberg, em junho. “Essa não é a América em que queremos viver.”
Contabilizar a fortuna das famílias não é uma ciência exata. Fortunas apoiadas por décadas e às vezes séculos de ativos e dividendos podem ofuscar a verdadeira extensão das posses de uma família. O patrimônio líquido dos Rothschilds ou Rockefellers, por exemplo, é muito difuso para avaliar. Clãs cuja riqueza é atualmente não verificável também estão ausentes.
Mas daqueles que podemos acompanhar, a maioria está colhendo as recompensas de taxas de juros baixíssimas, cortes de impostos, desregulamentação e inovação. No total, as 25 famílias mais ricas do mundo têm US$ 250 bilhões a mais em relação ao ano passado.
Os ricos não estão necessariamente ficando mais ricos juntos. A família Quandt caiu oito posições após um ano ruim para a Bayerische Motoren Werke AG, que combateu as tensões comerciais e desacelerou os mercados globais, já que a BMW investe na mudança disruptiva para veículos elétricos autônomos. As famílias Dassault, Duncan, Lee e Hearst caíram da lista.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.