Variedades

Com alta no preço do arroz, veja 3 tipos de alimentos para substituí-lo

Com a alta no preço do arroz, mais de 107% nos últimos doze meses segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), está na hora de pensar nos substitutos desse cereal que faz a dupla perfeita com o feijão – a combinação mais brasileira possível. E existem alimentos que trazem até alguns benefícios a mais que o arroz e podem ser usados nesse momento em que ele alcançou um preço mais salgado.

Consultamos a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) para falar dos benefícios dos cereais, tubérculos e versões integrais e vegetais do macarrão:

  1. Cereais como quinoa

Com proteínas, fibras, vitaminas, cálcio e antioxidantes, a quinoa é um cereal encontrado na forma de flocos, grãos ou farinha. Como substituto do arroz, ele pode ser cozido da mesma maneira: duas xícaras de água para cada uma de quinoa. “A quinoa fornece fibras que agregam muitas funcionalidades melhorando as funções digestivas e metabólicas. Ela também é rica ômega 3, cálcio, ferro e vitaminas do complexo B, ajudando a prevenir problemas cardiovasculares, osteoporose e problemas no sistema nervoso”, afirma a médica nutróloga. Quando está na forma de flocos ou farinha, a quinoa pode ser adicionada em saladas, sucos, sopas e vitaminas.

Outra opção interessante é o amaranto, um grão rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio magnésio e potássio, mas o seu valor por kg costuma ser mais salgado.

  1. Tubérculos como batata-doce, mandioquinha e inhame

Excelente fonte de carboidratos de médio índice glicêmico, a batata-doce também conta com betacaroteno, um poderoso antioxidante e precursor da vitamina A, que ajuda no fortalecimento do sistema imune. “Ela também é rica em carotenos, vitamina C, potássio, cálcio, fósforo e magnésio, sendo um carboidrato rico em antioxidantes e antocianinas, protegendo contra o câncer e doenças do coração. Além disso, possui fibras que ajudam a manter a saúde intestinal, evita picos de glicemia, dessa forma, podendo ser consumida por pacientes diabéticos”, diz a médica. Pode ser consumida na forma cozida simples ou na forma de purê, associando com proteínas e fontes de boas gorduras.

No almoço ou no jantar, a mandioquinha vai bem na forma de purê. “O grande trunfo da mandioquinha é que ela é uma excelente fonte de carboidratos e conta com mais fibras que a batata-doce, ajudando na saciedade e melhorando o funcionamento do intestino”. O tubérculo também conta com Vitamina C.

Já com relação ao inhame, ele é rico em potássio, um mineral que ajuda no controle da pressão arterial. “Esse tubérculo também ajuda a reduzir o colesterol e conta com vitamina B6, um nutriente que reduz, no nosso organismo, os níveis de homocisteína, um aminoácido encontrado em vítimas de infarto”, diz a médica.

  1. Macarrão integral ou espaguete de abobrinha

Durante o processo de refinamento, o macarrão integral perde menos nutrientes que o macarrão comum, conservando vitaminas do complexo B e minerais, além de possuir mais fibras. Mas há a opção também de se fazer um espaguete de abobrinha. “A abobrinha é um alimento fonte de carotenoides, que têm atividade protetiva das estruturas responsáveis pela acuidade visual. O principal carotenoide com propriedades protetivas da visão é a luteína, que está mais presente nos frutos de coloração amarela e nas flores da abobrinha. Estudos demonstraram que o consumo frequente de abobrinha diminuiu os níveis de indicadores de diabetes, em ratos, por causa de sua composição em fibras, água e baixa carga calórica. Também pode ser eficaz na prevenção de complicações relacionadas a diabetes por conta de seus antioxidantes”, afirma a médica nutróloga.

Prato completo

Apesar da alta funcionalidade desses alimentos, não devemos confundir isso com efeitos medicamentosos ou curativos. A substituição do arroz pode ser benéfica para a saúde, desde que haja um contexto alimentar propício, com outros nutrientes, é claro. “Uma dieta equilibrada, variada e o mais natural possível, que inclui macronutrientes como os carboidratos complexos, proteínas magras e gorduras boas, além de alimentos fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, aliada a uma boa ingesta de água, é condicional para a manutenção da saúde, inclusive imunológica, e a prevenção de doenças”, diz a médica. Ela indica a ingestão de vegetais folhosos verde escuro como brócolis, couve, espinafre, rúcula e outros. “Os antioxidantes presentes nos alimentos verdes ajudam a prevenir o câncer, a desintoxicar o fígado e a proteger a pele devido às propriedades antivirais. Como são ricos em potássio, auxiliam a proteger o coração, além das fibras que ajudam nas funções intestinais e metabólicas”, afirma a médica.

No caso das proteínas, elas podem ser de origem animal, com carnes vermelhas e brancas, preferencialmente magras, que contam com vitamina B12 e minerais como ferro, zinco e selênio, desde que consumidas com equilíbrio e moderação. Por fim, a médica também orienta o consumo de sementes oleaginosas como amêndoas, castanhas, nozes, linhaça, girassol, que são fontes de zinco, selênio e vitamina E, nutrientes cruciais para o bom funcionamento do organismo.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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