(ANSA) – O governo da Bolívia decidiu melhorar as condições do presídio de Palmasola, o maior e mais perigoso do país, após a intermediação do papa Francisco, informou a “Rádio Vaticana” nesta segunda-feira (17).
Entre as medidas anunciadas, estão o aumento dos gastos do governo para manter os presidiários (serão 8 bolivianos por preso por dia) e melhorias na qualidade dos tratamentos de saúde na prisão. Os benefícios também vão ser levados para outras instituições prisionais bolivianas, beneficiando 13.573 detentos.
O Pontífice visitou parte do presídio no dia 10 de julho e ouviu os depoimentos de algumas pessoas sobre as condições de vida no local. Vários deles relataram que nunca passaram por julgamento e não fazem ideia de quando deixaram a prisão. Jorge Mario Bergoglio, em discurso no local, pediu que a “dignidade humana” seja respeitada mesmo quando alguém comete um erro.
Palmasola é tão grande que possui até uma “vila” para parentes de prisioneiros, nos casos de crimes leves. Há mais de 5,5 mil detentos nas galerias, conhecidas por sua violência e por cobrar por benefícios dentro da prisão – como para celas maiores e segurança interna. Há dois anos, uma rebelião no presídio deixou 35 mortos – entre as vítimas estavam várias crianças.
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