O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com o presidente da CNDL, José César da Costa, e com membros da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (UNECS) para discutir as medidas que podem ajudar a amenizar os impactos da Covid-19 no setor de comércio, serviços e empreendedorismo.
O ministro destacou a importância de o governo ouvir os empresários para estar alinhado com o setor. Guedes ressaltou ser fundamental que os empresários busquem e acessem os créditos e medidas disponibilizadas pelo governo e evitem prejudicar os fluxos de pagamento, e que o setor mantenha a rede de pagamentos e os empregos.
Guedes atendeu a sugestão feita pelo presidente da CNDL que propôs considerar como ponto facultativo os feriados de 2020, exceto, a sexta-feira paixão (10/04), o Dia do Trabalho (01/05) e o Natal (25/12). Assim como permitir a abertura dos comércios aos domingos em âmbito nacional, sem o custo decorrente de convenções coletivas.
“A sugestão é excelente e vamos atender, os feriados serão contados como os dias parados agora na quarentena e depois a gente volta ao trabalho com tudo para compensar as perdas registradas agora”, disse o ministro.
Costa pontuou ainda a importância da criação de linha de crédito que atenda às categorias de micro empresários e MEI, com faturamento inferior a R$ 360 mil ao ano.
“Se o dinheiro não está chegando na ponta, precisamos melhorar a operação. Uma sugestão pode ser a liberação do crédito condicionado e carimbado direto ao micro crédito e não necessariamente por meio do corte dos compulsórios aos bancos. A injeção na economia do benefício de R$ 600 irá aquecer o comércio. A democratização do crédito será testada nesse momento”, disse Guedes.
O ministro da Economia citou o auxílio à camada de proteção aos mais jovens e aos informais. “Serão R$ 800 bilhões girando na economia nos próximos 3 meses”, disse Guedes, que destacou “a redução de impostos vai ajudar na retomada da economia do país”.
O ministro afirmou aos empresários que o governo deseja usar o Tesouro Nacional como garantia de algumas das modalidades de empréstimos que serão disponibilizadas no âmbito da crise. Segundo ele, as linhas lançadas durante a crise atendem a empresas com faturamento anual de até R$ 10 milhões. A ideia é expandir isso para companhias com faturamento de até R$ 300 ou R$ 500 milhões.
Guedes disse, ainda, que pretende vincular a liberação de mais recursos para os bancos, por meio da redução de depósitos compulsórios pelo Banco Central, ao repasse direto de créditos para geração de empregos e capital de giro para as empresas.
Guedes acatou ainda a sugestão da criação de um “Comitê de Emergência para Assuntos de Varejo”, para manter um diálogo constante com a equipe econômica do ministério.
Durante a videoconferência, Paulo Guedes disse que não pode haver desorganização da produção econômica.
“Estamos em período de hibernação. Vamos para o teletrabalho, vamos para o e-commerce. Mas temos que manter oxigenada e funcionando a economia”, disse o ministro.
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