(ANSA) – O terceiro colocado nas eleições presidenciais brasileiras, Ciro Gomes (PDT-CE), disse que foi “miseravelmente traído” pelo ex-presidente Lula e seus “asseclas”, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo“, publicada nesta quarta-feira (31).
“Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT”, afirmou, lembrando a atuação do partido para impedir que o PSB o apoiasse nas eleições. “Você imagina, conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome do quê foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro“, protestou.
“Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. Eu não aceitei. Me considerei insultado”, acrescentou, lembrando as negociações de apoio pré-campanha.
Gomes ainda nega que tenha ficado neutro na votação do segundo turno. “Quem declara o que eu declarei não está neutro”, disse, citando uma entrevista que deu após o primeiro turno, em que, ao responder pergunta de um repórter, disse a frase “Ele não”, usada para combater a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Ao ser perguntado se faria novamente aliança com o PT, o pedetista disse que, se puder, não o fará. “Você acha que eu votei em quem?”, ironizou, sem confirmar qual candidato escolheu.
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