Cientistas da Universidade de Tecnologia de Pequim implantaram metal líquido em um camundongo para estimular suas funções nervosas. Com esse novo método, eles esperam proporcionar melhorias no tratamento de pacientes com patologias neurológicas, como doenças cerebrais.
O gálio (a substância usada) é chamado de ‘eletrodo de manguito’ porque funciona como condutor. Quando conectado ao sistema nervoso periférico, que transmite sinais do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo, o eletrodo envia impulsos para os nervos do corpo. Dessa forma, por exemplo, a paralisia causada por um acidente vascular cerebral pode ser tratada, favorecendo a reabilitação do paciente.
Tang Rongyu, líder da equipe, é citado pelo South China Morning Post dizendo que o projeto é encorajador: “O excelente desempenho do eletrodo de manguito de metal líquido mostra que é um novo tipo promissor de dispositivo de interface neural“.
O metal líquido tem propriedades físicas únicas – a flexibilidade de um fluido e a excelente condutividade do metal.
Ao confinar o metal líquido em um tubo de silicone macio, Tang e seus colegas disseram que poderiam impedir que ele se infiltrasse no rato. A equipe disse que o eletrodo se adaptou à mudança de postura do animal. Enquanto isso, a alta condutividade proporcionada pelo metal garantiu a transmissão estável de sinais em ambas as direções.
“Os eletrodos mantêm a eficácia a longo prazo na transmissão de sinais nervosos com uma alta relação sinal-ruído durante experimentos de duas semanas”, de acordo com Tang no artigo.
O experimento provou que o eletrodo de metal líquido desempenhava um papel semelhante ao do nervo periférico. Segundo os pesquisadores, ele tem potencial para se tornar o nervo periférico artificial da próxima geração e pode substituir a função dos nervos biológicos.
Com mais pesquisas sobre o sistema nervoso, um “X-rat” acionado por sinais elétricos poderia ser possível.
“No futuro, poderá servir como parte de uma sonda ou estimulador neuronal no tratamento de doenças neurológicas, como portador de informação neuronal […] ou mesmo como uma prótese neuronal que substitui nervos danificados ou a medula espinhal“, conclui o pesquisador.
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