(ANSA) – Cientistas descobriram aquela que acreditam ser a galáxia “primogênita” do Universo. Nascida “apenas” 400 milhões de anos depois do Big Bang, ela tem 13,8 bilhões de anos de idade e uma luz bastante fraca. Para observá-la, foi preciso unir as forças de dois potentes telescópios espaciais, o Hubble e o Spitzer, ambos da Nasa.
A galáxia foi batizada de “Tanya”, palavra que, no idioma de populações andinas, significa “primogênita”, e é uma das menores e mais lânguidas já vistas, podendo conter informações fundamentais para reconstruir a história do Universo. A descoberta foi conduzida por Leopoldo Infante, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, e publicada no periódico científico “Astrophysical Journal”.
“Pela primeira vez, pesquisadores possuem elementos para estudar objetos cósmicos fraquíssimos formados não muito tempo depois do Big Bang”, destacou Infante. Tanya tem dimensões semelhantes às da Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã que orbita em torno da nossa Via Láctea, e faz parte de um grupo de 22 galáxias antiquíssimas situadas perto daquilo que astrofísicos chamam de “horizonte observável” do Universo.
Para visualizá-la, os cientistas usaram um aglomerado de galáxias como lente de aumento. Segundo a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, a luz de uma galáxia mais próxima deforma e amplifica a de outra mais distante, funcionando como uma lente.
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