NOVA YORK | (ANSA) – O Wikileaks anunciou nesta terça-feira (7) em sua conta oficial no Twitter ter iniciado uma nova série de denúncias sobre a Agência Central de Inteligência (CIA).
De acordo com o comunicado, essa será a maior publicação de documentos secretos da CIA. Os vazamentos levam o nome “Vault 7” (Cofre 7, em tradução livre). Segundo eles, a CIA seria capaz de controlar os telefones de empresas norte-americanas e europeias, como Iphone, da Apple, Google Android e Microsoft, e até mesmo televisores da Samsung, que são transformados em microfones secretos.
Os arquivos confidenciais são acessados através de um “arsenal” de malware e de ciber-armas. A primeira parte do vazamento “Year Zero” (“Ano Zero”, em tradução livre) é composta por 8,761 documentos e arquivos de uma rede isolada de alta segurança, situada dentro do Centro de Inteligência Cibernética da CIA em Langley, Virgínia. “Recentemente a CIA perdeu o controle da maioria do seu arsenal de hackers, incluindo malware, vírus, trojans, ataques exploradores do “Zero Day”, sistemas de controle remoto de malware e documentação associada. Esta coleção extraordinária, que equivale a centenas de milhões de linhas de código, dá ao seu possuidor a capacidade de hackear no nível da CIA. O arquivo parece ter sido distribuído entre antigos hackers do governo dos Estados Unidos de maneira não autorizada, um deles forneceu-o ao WikiLeaks”, lê-se no comunicado de imprensa.
Até o momento a Agência de Inteligência norte-americana não se pronunciou sobre o caso. Caso seja confirmado que os arquivos são autênticos este será um golpe para a CIA. O Wikileaks foi fundado pelo australiano Julian Assange, que está asilado desde 2012 na embaixada equatoriana em Londres. Seu site publicou milhares de documentos diplomáticos desde 2009, entre eles arquivos sigilosos do governo dos EUA, do Departamento de Estado e das Forças Armadas.
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