O ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, informou em declarações em rádios locais que “a partir de 15 de fevereiro” começará a ser aplicada a quarta dose da vacina contra o covid-19, ficando bem acima de outros países da América Latina, que têm processos de imunização mais lentos.
Enrique explicou que, tal como aconteceu no início da vacinação, este lote irá priorizar “grupos selecionados” de cidadãos: “Os idosos, pessoal de saúde e pessoas com comorbidades, que são os que pioram”, avaliou.
Sobre a eficácia dos medicamentos atuais, Paris disse que o chefe da área de Epidemiologia, Rafael Araos, está coordenando uma investigação local para saber a duração da imunidade. “Ele já nos deu alguns dados e infelizmente os anticorpos caem no sexto mês”, disse.
Por isso, ele está definindo que a quarta etapa da campanha de vacinação seria para o segundo mês de 2022: “Achamos que se isso coincide com um grupo que foi vacinado há seis meses, mais 14 dias, vamos vacinar em fevereiro”, confirmou.
De acordo com o monitoramento fornecido por Our World in Data, o Chile tem 85,6% de sua população com o esquema de vacinação completo. Além disso, continua sendo uma das nações que mais vacinou no mundo. De fato, com dados que vão até 22 de dezembro, é o segundo país que mais administra doses, com mais de 224 por 100 habitantes, atrás apenas de Cuba (260).
Outro estado que tem avançado no esquema vacinal de sua população é Israel, que nesta terça-feira (21) já havia anunciado a aplicação da quarta dose, como um segundo reforço, sendo a primeira nação a anunciá-la.
Diante da mudança de governo, após a vitória de Gabriel Boric nas eleições chilenas, o atual ministro disse que a operação “obviamente continuará em março, quando houver mudança de governo”.
Sobre as dosagens disponíveis, Paris afirmou que há “muito da Pfizer agora, também AstraZeneca”. E acrescentou: “Podemos obter a Sinovac. Há estudos que mostram que está funcionando muito bem contra a Ômicron”.
Segundo dados de seu Ministério, o Chile tem atualmente 7.871 casos ativos de covid-19, dos quais 1.504 foram registrados nas últimas horas. Por sua vez, nesta quinta-feira, foram registrados 133 casos confirmados da variante Ômicron. Desse total, “125 são viajantes que voltaram ao Chile e, fundamentalmente, procedem dos Estados Unidos”, disse a subsecretária de Saúde Pública, María Teresa Valenzuela. Os oito restantes eram contatos próximos do primeiro caso, registrado em 3 de dezembro.
Por sua vez, Paris esclareceu que “nenhum desses pacientes teve evolução negativa, nem com ventilação mecânica nem em Unidade de Terapia Intensiva”.
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