A morte de centenas de elefantes em Botsuana está causando uma investigação internacional sobre o que pode estar causando tanto mal para a espécie. Até o momento, ao menos 350 carcaças foram localizadas no Delta de Okavango (também conhecida como Delta do Cubango).
Segundo as autoridades, amostras de sangue de 280 elefantes já foram coletadas, mas os exames ainda devem demorar semanas para sair. No entanto, está descartada que uma das causas possa ser a caça desses animais, pois todos eles ainda tinham as presas de marfim intactas.
Outro descarte foi um possível envenenamento por cianeto porque apenas elefantes estão morrendo – e não outros animais que vivem na região. Também uma suposta reação ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) foi desconsiderada.
Uma das hipóteses é uma repetição, agora em escala muito maior, de que uma bactéria que causa a antraz possa ser a razão. No ano passado, ao menos 100 elefantes morreram pela doença, conforme os especialistas.
Um dos motivos apontados para a suspeita é porque as carcaças estão posicionadas como se os animais tivessem morrido de forma “natural”, com a tromba e a cara no chão. Além disso, especialistas apontam que o comportamento avistado por alguns moradores, de que os elefantes estão parados e andando em círculos, pode ser causado por “alguma disfunção neurológica”.
Em entrevista à emissora britânica “BBC”, o biólogo e ativista do National Park Rescue, Neiall McCann, afirmou que essas mortes são “totalmente sem precedentes” e uma “tragédia” para a natureza local.
A Botsuana é o país onde um terço da população mundial de elefantes vive, sendo que cerca de 15 mil deles habitam o Delta de Okavango – representando 10% do total da espécie na nação.
(Com informações da Agência ANSA)
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